Criança Zumbi
Autoria: Jo Young e Jam San
Editora: Intrínseca
Páginas: 32
Gênero: Infantil
ISBN: 978-65-5560-197-8
Ano de lançamento: 2021
Plataformas atendidas: Livro; E-book
Sinopse: Em Criança zumbi, um menino de pele muito pálida e olhos bem grandes nasceu num pequeno vilarejo. Conforme crescia, sua mãe percebeu que ele não tinha sentimentos e que sentia uma fome insaciável. Todo dia, ela roubava animais das casas vizinhas para dar à criança. Quando uma pandemia espalha a morte pelo lugar, a mãe se vê obrigada a tomar medidas inimagináveis para salvar a vida do filho. (Sinopse retirada do site da editora Intrínseca)
Confira a resenha de “Criança Zumbi”, um dos livros do k-drama Tudo Bem Não Ser Normal, escrito por Ko Moon-young.
Atenção: contém spoilers sobre a história do livro.
A história que Ko Moon-young (Seo Ye-ji) cria em “Criança Zumbi” talvez seja uma das mais tensas de toda a coletânea. O livro conta a história de uma mulher que tem seu filho em um pequeno vilarejo. A criança nasceu sem sentimentos e, além disso, tinha uma fome que não se saciava com facilidade.
Para evitar que os moradores do vilarejo descobrissem, a mulher escondeu seu filho no porão. Conforme a criança ia crescendo, a mãe dava um jeito de roubar animais que os vizinhos criavam para alimentar seu filho.
Em determinado momento houve uma grave pandemia nesse vilarejo (alô realidade) e os moradores sobreviventes resolveram se mudar, restando apenas a mãe e sua criança zumbi.
Sem animais para roubar, essa mãe se viu na necessidade de retirar partes do seu próprio corpo para alimentar seu filho, que chorava muito, sobrando apenas seu tronco. A criança então se acolhe no peito da mãe e a abraça, percebendo que gostava do calor desse afago. A mãe, em contrapartida, não podia abraçar o filho de volta sem seus braços, então só restava chorar e aceitar seu destino.
Com ilustrações um pouco perturbadoras, essa história me deixou bastante mexida. Ao final do livro a própria autora faz uma indagação:
Para mim está evidente que a interpretação que podemos fazer é que a criança não estava faminta de fome e sim de afeto. Muitas vezes os pais vêem seus filhos a sua imagem e semelhança. Acham que sabem o que suas crianças precisam e, consequentemente, tomam iniciativas que nem sempre irão suprir a necessidade daquele indivíduo.
No caso da história, a mãe supôs que seu filho estava chorando por estar faminto e achou que ele não tinha sentimentos, quando na verdade tudo o que aquela criança precisava era do calor de sua mãe. De repente ele não aprendeu a nutrir sentimentos, pois não recebia isso de sua genitora.
Fazendo um paralelo com “It’s Okay To Not Be Okay”, vemos Ko Moon-young com uma infância totalmente problemática por ter sido criada por uma mãe egocêntrica e psicopata. Tudo o que a mulher fazia para com sua filha, que ao seu ver era para seu bem, não condizia com o que ela realmente precisava, que era o amor maternal.
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Ao longo do k-drama outros personagens também irão ilustrar o significado da história deste livro. Pessoas que têm suas respectivas mães cada vez mais distantes de si, não dando o devido afeto de que precisavam.