Quando você acha que o KARD não poderia ficar melhor, o grupo vem, exalta as mulheres, a vida e abre o jogo geral em um bate-papo super descontraído! Aos 45 do segundo tempo, um pouquinho antes deles irem embora, conseguimos uma entrevista exclusiva AO VIVO!


O KARD provavelmente já é a maior expressão da mistura entre as culturas brasileira e coreana, mas parece que eles não se cansam de nos surpreender. A K4US teve a oportunidade de fazer uma entrevista exclusiva com o grupo, a última concedida em solos brasileiros (UAU!), durante a 2019 WILD KARD Tour. Não interessou até aqui? E se falássemos que rolou discurso sobre liberdade da mulher, piadas, revelações de personalidades ocultas e mensagem sobre a valorização da vida?

Para quem ainda não está familiarizado com os nomes e rostos dos integrantes (caso isso realmente seja possível em pleno seculo 2019 rs) deixamos aqui em baixo um “who’s who” para te situar. Confira agora a entrevista na íntegra e diz para a gente se não é hit!

Primeiramente gostaríamos de parabenizar o KARD pelo crescente sucesso e agradecer por mais uma vez presentear os fãs brasileiros com shows. Essa já é a quarta passagem do KARD pelo Brasil e a terceira turnê que nosso país recebe. O que vocês acham que faz do Brasil tão especial para sermos dignos de tal honra?

Jiwoo: A honra é nossa.

BM: Sim, a honra é nossa em poder estar aqui tantas vezes. O fato dos fãs gostarem e curtirem a nossa música… E não somente isso, gostar do nosso grupo, KARD, nos dar tanto apoio é uma coisa muito gratificante e gostaria de agradecer a todos por isto.

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Essa será a terceira vez que o KARD vem ao Brasil com suporte da produtora Highway Star. Um sinal de que está sendo uma excelente parceria. Já deu para o grupo e a equipe coreana se acostumarem com a equipe brasileira? Vocês já possuem uma relação de amizade?

BM: Sim, nos aproximamos muito deles e eles tem nos ensinado muitas palavras em português e por isso “eu gosto” (disse em português). Eles também se preocupam muito com a gente, tentando sempre fazer a gente experimentar comidas boas, além de dar dicas sobre a cultura brasileira. Somos sempre gratos por isso.

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Aqui no Brasil, existe uma tradição que jogadores de futebol que marcam três gols, podem pedir uma música para tocar em um programa de ampla audiência na TV aberta. Se vocês pudessem pedir uma música, uma que vocês estejam escutando frequentemente e curtam muito, qual seria?

BM: Abusadamente. É uma música muito animada!

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Com todas essas visitas ao Brasil, vocês já devem conhecer bastante da cultura daqui. Qual é a parte favorita do KARD nas passagens pelo país?

J.Seph: Gosto muito da comida daqui. Experimentei uma carne aqui chamada picanha. Sei que não é da cultura brasileira fazer “trouxinhas” de alface com recheio de carne e pasta de soja fermentada apimentada, mas eu levei  no restaurante essa pasta e fiz a trouxinha com a picanha. Foi uma fusão entre as duas culturas e o sabor também foi incrível. Sei que não se trata bem de uma “cultura”, mas a fusão dos sabores das comidas, ficou muito marcado na minha memória.

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Se, para um próximo comeback, vocês pudessem optar por um gênero completamente diferente dos que vem trabalhando nos últimos anos, qual seria?

BM: Um conceito que pudesse dar esperança, que pudesse dar força às pessoas.

Somin: Sim, como a música Pesadão (Iza).

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E tem alguma história divertida sobre essas turnês, com relação aos fãs ou diferenças culturais, que vocês possam dividir com a gente?

Jiwoo: Eu escorreguei e caí durante o Encore. Não doeu muito mas a vergonha foi maior.

BM: Eu também. Nunca na vida tinha acontecido isso, mas eu caí durante o encore e doeu muito, além da vergonha que senti.

J.Seph: E eu vi a JiWoo caindo e fiquei com vergonha por ela.

Jiwoo: É que eu caí jogando água no J.Seph. Fiquei realmente envergonhada

J.Seph: É por isso que temos o ditado “Você colhe o que planta” (risos)

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O Kard tem uma relação muito próxima com os fãs, frequentemente conversam por lives ou respondem stories. Inclusive, vimos BM responder um fã sobre dar valor a própria vida. Como se sentem sendo modelos e apoio para essas pessoas? É uma responsabilidade muito grande? Pois muitos fãs, além de encontrarem forças no KARD para suportarem o dia-a-dia, também utilizam o grupo como fonte de inspiração para desenhos, escrita, e outros pontos artísticos.

BM: Antes não sentia tanto essa responsabilidade. Mas recentemente comecei a sentir que falar sobre dar valor à própria vida às pessoas é sim uma responsabilidade muito grande. É que eu não tinha noção de que as minhas palavras iriam tocar tanto as pessoas. Achei que eles ouviriam e iriam deixar por isso mesmo, afinal, eu só falava porque eram coisas que me davam muita força. Mas comecei a ler comentários dizendo que eles também se sentiam incentivados por tudo que eu falava. A sensação de ler esses comentários é inexplicável. Enfim. Parece que é algo do tipo ação e reação. Eu falo, os fãs se sentem bem, e eu, lendo os comentários, me sinto ainda melhor. E com isso foi aumentando o pensamento de que preciso ser responsável pelas coisas que eu falo.

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J.Seph, você é conhecido pelos fãs por seu jeito brincalhão. Qual é o lado da sua personalidade que é menos reconhecido ou que você gostaria que as pessoas prestassem mais atenção?

J.Seph: Na verdade, eu sei chorar também. Mas não lágrimas de tristeza. Eu costumo chorar vendo coisas emocionantes. Vendo futebol, tem coisas que me deixam emocionado também. Por exemplo, um jogador chutou a bola e sem querer, ele acertou uma criança. No final do jogo, ele foi lá, pessoalmente, e pediu desculpas dando sua camiseta para a criança. Eu chorei vendo isso. Eu queria realmente que as pessoas soubessem desse meu lado emocional (risos)

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JiWoo, você é conhecida pelos brasileiros por seu amor por cerveja. Em alguns lugares, mulheres que gostam de beber podem ser mal vistas (nós no Brasil não, inclusive aprovamos! Baddass!). O que diria para alguém com esse tipo de pensamento? Qual é sua bebida favorita?

Jiwoo: Na verdade, eu não gosto muito de cerveja. A minha bebida preferida é vinho. Acho que as pessoas acham que eu gosto de cerveja porque viram algumas postagens minhas sobre cerveja (risos). Eu não entendo por que a mulher não pode gostar de bebidas. Estamos em 2019.

BM: Girl Power!

Jiwoo: Podemos gostar das coisas, curtir, se divertir… Por que as pessoas tem que falar sobre isso? 

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Somin, você apresenta uma imagem muito tranquila para os fãs, alguns até te consideram uma mãe dentro do KARD. Você se sente realmente nesse papel? A expectativa do público, de alguma forma, acaba influenciando seu comportamento?

Somin: Por que será que as pessoas tem uma imagem “tranquila”? Acho que é porque eu sou um pouco tímida, mas dentro do KARD, eu sou a segunda mais agitada (o primeiro é o J.Seph).

J.Seph: Eu tenho a opinião de que a Somin é a mais agitada do grupo. Mas gostaria de agradecer aos fãs que consideram a Somin a mãe do KARD.

Jiwoo: EI! É a pergunta da Somin!

Somin: Acho que posso passar uma imagem de tranquilidade porque não tomo frente assim como o J. Seph.

J.Seph: Obrigado por lembrar. Gostaria de deixar claro que tomar frente é diferente de me meter onde não sou chamado (risos). Eu gosto de tomar frente principalmente quando estou de bom humor, como hoje. Está um dia muito bonito lá fora.

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Para os meninos: Sabemos que é muito importante valorizar o trabalho de mulheres dentro da indústria do entretenimento. Como vocês se sentem dividindo seu trabalho com Jiwoo e Somin, e como vocês buscam estimular as duas para que elas se sintam sempre valorizadas?

J.Seph: Somente o fato de termos elas já nos dá muita força. Elas conseguem expressar uma beleza e força que nós não conseguimos mostrar. Mesmo que consigamos expressar, é algo completamente diferente. Enfim, elas tem o toque especial delas que nós dois nunca conseguiríamos expressar e isso nos incentiva muito também.

BM: No mundo inteiro, a imagem do homem sobre a mulher é de que o homem é mais forte. No nosso grupo, é diferente. KARD consegue mostrar força porque elas fazem parte do nosso grupo.

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Para as meninas: Algumas de nossas entrevistadas já reclamaram sobre o machismo dentro do meio do K-Pop. Vocês tiveram algum receio ao descobrir que trabalhariam com homens? O que difere BM e J.Seph dos demais?

Jiwoo: Pessoal, quando as pessoas usam tratamentos diferentes para duas pessoas de sexos opostos (como o machismo) é algo ruim. Acho que todos concordam com isso, certo? Não tivemos muito receio. Eu por exemplo fiquei muito interessada porque não era uma formação comum e poderíamos mostrar algo muito diferente do que os fãs de kpop estavam acostumados a ver.

Somin: O que difere os nossos oppas dos demais? Como assim?

J.Seph: É para vocês falarem nossas características!

Somin: Masculinidade, o carisma quando estão performando, nos dão força, apoio… São engraçados.

Jiwoo: São “comportados”, dão conselhos quando precisamos.

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Sabemos que o BM tem relação familiar com o Brasil. Já pensou em talvez realizar lançamentos de músicas em português, ou para o público brasileiro, ou até mesmo em parceria com algum músico do nosso país?

BM: Sim, eu amo o Brasil. Desta vez tivemos a oportunidade de fazer um cover da música da Iza com o Falcão e gostaria de trabalhar junto com eles! Anitta sempre! Obrigado, fãs do Brasil pelo apoio que nos dão sempre!

*Adendo: Iza expressou, também, sua vontade de colaborar com o KARD nessa entrevista para a Revista Capricho.

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Vocês voltaram recentemente com Dumb Litty, que tem todo um visual e conceito bem diferentes. Vocês se identificam, de alguma forma, com os deuses e deusas que estão representando?

J.Seph: Eu fiz o papel do Dionisio. Sou um pouco parecido com a parte de curtir a vida, mas não fico gastando a toa.

 

BATE & VOLTA

Pedimos que cada um dos integrantes respondam às seguintes proposições com a primeira coisa que lhes vier à cabeça!

Se você só pudesse comer uma coisa pro resto da vida e fosse uma comida brasileira: Qual seria?

BM: Bolinha de queijo

Somin: Balas Fini

J.Seph: Picanha

Jiwoo: Açaí

*Adendo: Inclusive, após Jiwoo fazer um stories direcionado para a marca Frutti (sua favorita de açaís) pedindo para que vendessem os produtos na Coreia, a marca enviou-lhe em São Paulo uma cesta personalizada recheada de produtos. Muito influencer com mimos recebidos, essa garota!

 

Um destino de férias ideal:

BM: Fortaleza

Somin: São Paulo

J.Seph: Rio de Janeiro 

Jiwoo: Florianópolis *Jiwoo pediu para a interprete sugerir um lugar legal no Brasil, e concordou com a sugestão*

 

Um hobby/hábito inusitado:

BM: Skateboarding

Somin: Não tenho

J.Seph: Battle Ground, jogo da FIFA

Jiwoo: Ouvir música em casa

 

A melhor parte de ser idol:

BM: Poder fazer músicas

Somin: Fazer turnê

J.Seph: Ver fãs, poder sentir o amor dos fãs

Jiwoo: Poder conhecer fãs

 

A pior parte de ser idol:

BM: Não tem

Somin: Alguns olhares de crítica

J.Seph: Não tem. Na verdade, acho que não sentimos algo ruim ainda. Tem uma coisinha ou outra que pode ser desconfortável mas acho que tudo se compensa quando vemos os fãs olhando para nós e por isso não gostaria de chamar de “ponto negativo”

Jiwoo: Não exatamente um ponto negativo, mas talvez uma vida não comum?

 

Minha maior qualidade é…

BM: Man tiddies (algo como Homem-Tetinha)

Somin: Não sei dizer

J.Seph: Carisma cutie

Jiwoo: Não sei dizer

 

Meu pior defeito é…

BM: Eu penso demais

Somin: Falo demais

J.Seph: Eu não sei mentir

Jiwoo: Não sei…

 

Uma saudade:

BM: família

Somin: família

J.Seph: família

Jiwoo: Tani, e meus pais

 

Uma paixão:

BM: música

Somin: família

J.Seph: eu mesmo

Jiwoo: família, e Tani

 

Um medo:

BM: não tenho

Somin: altura

J.Seph: Pomba

Jiwoo: insetos, aves..

 

Felicidade para mim é…

BM: bolinha de queijo

Somin: coisas do cotidiano

J.Seph: o que está perto de mim

Jiwoo: uma coisinha mínima pode ser felicidade

 

[su_quote cite=”Grande Matheus (BM)”]Obrigado por esperar, por estar sempre com a gente, por gostar da nossa música. Nós também vamos nos esforçar bastante para continuarmos vindo para cá. Muito obrigado sempre![/su_quote]

 

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Agradecemos ao KARD, a equipe de Assessoria de Imprensa da Highway Star e sua interprete Cho Unsorii pela disponibilidade em nos permitir realizar a entrevista com o grupo antes de sua partida.

Entrevista por Bea | Revisão por Caroline @ Equipe K4US
Tradução por Cho Unsorii 
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