Mesmo que em intervalo curto desde o último lançamento, o SEVENTEEN já apresentou aos Carats seu 4th Repackage Álbum “SECTOR 17”. Lançado em 18 de julho como “Um novo mundo que não vai te decepcionar”, é composto por novos e outros sucessos. O projeto apresenta a união de conceitos que nos convida ao seu acerto de criar uma coleção com tudo. Isso mesmo, tudo!

O álbum é composto por treze faixas, três delas inéditas: a faixa título “WORLD” que acompanha o MV; “CHEERS” sendo o tão esperado – surpreso – retorno da SEVENTEEN LEADERS, também com um Music Video; e “Circles”. O complemento vem do último Full Álbum intitulado “Face The Sun” e, além disso, um bônus de “Fallin’ Flower” na versão coreana.

Circles

“Circles” na música é a referência ao movimento contínuo do relógio. A canção tem uma forma de mostrar esperança, algo que o SEVENTEEN sempre pensa em levar aos fãs como carinho e agradecimento.

Vai ficar tudo bem, como os ponteiros do relógio. Eles vão em círculos de volta aos seus lugares.

Circles, SEVENTEEN

Ela busca fugir do conceito de ser a “triste” do álbum, apesar de no começo sua letra evidenciar a dor interna e a solidão. Até mesmo a voz suave ao toque do instrumental entristecido pode nos confundir. Porém, conforme avançamos em ouvir essa boa música, ela passa a emitir a sensação de esperança.

O primeiro refrão surpreende ao ser acompanhado de um coral de crianças entonando sílabas alegres. A partir daí, tanto o canto como o som mudam positivamente. Isso segue até o fim trazendo a felicidade que ela quer entregar, levando os ponteiros do relógio de volta ao seu lugar. Ouvir essa composição é como se libertar em um banho de chuva após um dia complicado e frustrante. O final, a voz que continua a cantar sozinha, nos faz absorver a sensação incrível que sentimos nesses quase quatro minutos.

“Circles” não é uma música triste. Se por algum motivo te fizer chorar, será por você se sentir acolhido por ela e por quem a canta.

CHEERS

A música dos líderes S.Coups, Hoshi e Woozi tem tudo para querer roubar o lugar de qualquer faixa do álbum, mas isso não é culpa de ninguém. A música é o que atrai quem gosta – e até não gosta – das batidas mais agitadas, um ar meio Hip-Hop e com a vibe de “poder”.

Seu nome é sobre o brindar e a felicidade. Se você pensou que ela não teria alguma relação com a velha conhecida “Change Up”, eu odeio admitir, fomos enganados. Nela, os líderes dizem “Nós mudamos”, e em “CHEERS” a resposta de Hoshi, quatro anos depois, é “Nós conseguimos mudar tudo”. Basta ouvir as duas para ver que é uma é o ponto de largada e a outra o de chegada, por mais que deixem ciente que ainda não é o fim. As pessoas ao redor no MV são uma referência da popularidade, eles não estão mais sozinhos como mostrava em “Change Up”.

“CHEERS” é onde qualquer grupo quer chegar e o que o SEVENTEEN conseguiu ser. Uma faixa que não para e que não se compara. O toque da flauta no fundo a todo momento é único, o padrão da música é alto e a composição diz que mesmo quando falaram que eles não iam conseguir, os garotos chegaram aos céus e ninguém tem noção de onde estão agora. Seria uma resposta ao hate?

Eles disseram que nós nos daríamos mal. Eles não sabem.
Não sei aonde chegaremos. Todos levantem as mãos para o céu.

CHEERS, SEVENTEEN

WORLD

A primeira impressão ao assistir o MV de “WORLD” é sentir a presença de uma parte do grupo e a outra não, o que faz alguns esperarem ansiosos pelo seu bias. No entanto, é perceptível que foi uma jogada que deu seu momento para cada um brilhar; uma parte tem mais atenção primeiro e a outra depois, isso evita uma mistura e, até o final, todos conseguiram integrar a música como um só.

Claro, em um grupo com treze integrantes, querer que a distribuição seja perfeita é um pedido difícil. Em princípio, gosto de perceber como a China Line (The8 e Jun) andam tendo uma atenção grande aos seus vocais que são admiráveis, algo que lutamos para ver em muitos lançamentos antigos. Preciso destacar o verso do Jun, o refrão em que ele canta e dança sendo center a todos os outros é maravilhoso e a estrela da música.

Acabamos de nos conhecer mas foi divertido. Eu quero conhecer mais.
Hey, não ria, posso te levar a um lugar onde você nunca esteve.

WORLD, SEVENTEEN

A letra de “WORLD” parece aquele singelo romance e paixão, mas na verdade é sobre convidar alguém que possa estar procurando justamente o que o SEVENTEEN pode oferecer. Confesso ter vivido isso e descoberto um novo mundo. Nunca é tarde para você ir até ele. Não é apenas um novo mundo “diferente de tudo que você já viu”, é também uma música incomparável. No começo do refrão, comecei a sentir aquela necessidade de um trecho que não iria parar de cantar, e mesmo sendo exatamente isso que recebi, assim como em outras músicas do SEVENTEEN, conseguiu ser algo inédito e único. “WORLD” conseguiu ser única.

A Marca de “Face The Sun”

Sua representação no novo álbum não é sobre “repetir as músicas do último”, ele está ali porque deve ser escutado mais uma vez. Como uma pequena resenha à parte, ressalto o quanto “Face The Sun” tem uma estrutura única onde todas as músicas podem ser chamadas de um Hit. Elas conseguem carregar um pouco da essência da title “HOT” e não se igualarem a ela.

A composição das músicas novas de “SECTOR 17” não ofusca as antigas ou vice-versa. O Repackage foi para unir um álbum mais “radical” a um pouco do conceito “calmo”, demonstrando que podem ser uma combinação perfeita e que ninguém esperou.  Olhar a capa amarela, flores-do-campo e um céu azul remete à calma; é bem diferente de você ouvir uma das faixas com a batida mais forte, como “ASH”, por exemplo. Mesmo olhando uma e ouvindo a outra, parece que ela continua sendo feita para este álbum.

Talvez a única ressalva que, pesquisando sobre, é uma opinião geral, seria “Fallin’ Flower” que nem ao menos faz parte de “Face The Sun”. Se você é Carat, irá concordar comigo que a versão japonesa é incomparável. Contudo, é um álbum coreano e não teria sentido ela estar lá em outro idioma a não ser este. Além disso, nenhuma música lá consegue ter o mesmo ambiente ou ser igual a ela, mostrando que até as apostas mais antigas do SEVENTEEN buscam se diferenciar de todas as outras.


O álbum “SECTOR 17” do boygroup SEVENTEEN é grande, seja no sentido de quantidade e de ser esplêndido. Como dito anteriormente, as novas faixas são um complemento incrível em “Face The Sun”, e se esse é o cartão de convite do grupo para os conhecer, é um bilhete de ouro. Quem ouvir terá dificuldade de falar que não gostou e sentirá que uma das músicas ali é a sua cara, senão duas ou mais.

Se acaso você está procurando conhecer algo completamente diferente e uma discografia rica, aqui está a sugestão de álbum: “SECTOR 17” do SEVENTEEN. Um conjunto de ordens, batidas, sensações e personalidades musicais diferentes para mostrar tudo o que esses treze meninos são capazes de fazer.