Os dois primeiros primeiros episódios de “Love Revolution” abusam do clichê, mas de modo bem divertido que deixa gostinho de quero mais.


Na última semana, foi ao ar os dois primeiros episódios de “Love Revolution”, webdrama que adapta a webtoon homônima que acompanha as desventuras de Gong JuYoung, um adolescente de 17 anos apaixonado por Wang Jarim. Com 20 minutos cada, os dois primeiros episódios mostram o potencial dos atores, enquanto o roteiro abusa (e às vezes tira sarro) dos clichês do gênero de romance.

Na trama, o ex-Wanna One Park Jihoon é responsável por dar vida a Gong Juyoung, um adolescente rico que acaba de se mudar para morar sozinho durante a fase final do ensino médio. Ele tem como melhor amigo Lee Kyungsoo, interpretado por Younghoon, do The Boyz, e a química dos dois é inegável. Enquanto Juyoung é um bobalhão apaixonado, Kyungsoo é um amigo fiel (e todo bad boy) disposto a apanhar por ele se for preciso.

O primeiro episódio não demora muito para deixar claro qual é o seu principal plot – um reflexo da duração curta de vinte minutos. Logo nos primeiros minutos, o personagem de Juyeong já se apaixona por Jarim, interpretada por Lee Ruby. Ele jura que é o seu destino ficar com a personagem e o roteiro é ágil em mostrar, de forma bem cômica, que destino não existe, sendo apenas uma mera coincidência.

Lee Ruby e Park Jihoon no primeiro episódio / Reprodução: Viki

Enquanto o primeiro episódio tem como tema o destino, o segundo é sobre expectativa versus realidade. Fica em destaque neste episódio uma cena em que as personagens de Jung Daeun e Dayoung (WJSN), as melhores amigas de Jarim (Yang Minji e Oh Ahram, respectivamente) imaginam que Juyoung e Jarim podem estar finalmente se apaixonando, quando na verdade os dois estão se odiando mais que tudo. É claro que, no fim, os reais sentimentos dos dois passam a ficar mais nítidos.

Apesar de “Love Revolution” ter uma história bem clichê de um garoto que se apaixona por uma garota na escola, as escolhas narrativas fazem com que o webdrama seja bem cativante. Personagens quebram a quarta parede, há referências a jogos de luta e muito humor que contribuem para a leveza que tentam passar.

Dayoung e Younghoon no segundo episódio / Reprodução: Viki

Tudo em “Love Revolution” é leve. O roteiro tem calma para construir seus personagens. É bem natural, assim como as relações dos personagens, desde as pré-estabelecidas – novamente, a relação entre Juyeon e Kyungsoo é excelente -, como também aquelas que dão pistas de que serão construídas nos próximos episódios.

Apesar deste texto não visar comparar a fidelidade narrativa com a webtoon, é preciso comentar rapidinho sobre como o elenco é certeiro. A escolha dos atores e atrizes é excelente e a ótima caracterização traz a sensação de que os personagens da webtoon ganharam vida.

Entre todos os atores, quem mais se destaca nestes dois primeiros episódios é justamente o protagonista. Park Jihoon domina muito bem a persona de bobalhão e conquista fácil o telespectador já no primeiro episódio. Porém, é estranho que, em pleno 2020, tenhamos um personagem que persegue uma mulher e tudo fique bem, por mais bobo que possa fazer parecer.

Park Jihoon no primeiro episódio de “Love Revolution” / Reprodução: Viki

Lee Ruby também não fica para atrás ao interpretar uma garota mais fria, sem tempo para adolescente apaixonado, o que contribuiu para que o espectador torça para que o romance entre ela e o protagonista dê certo em algum momento. Younghoon é outro que chama atenção por conseguir passar toda a aura bad boy que Kyungsoo precisa.

Enfim, o saldo final é bem positivo para esses dois primeiros episódios e motiva a querer continuar para saber se Juyoung irá conseguir conquistar o coração de Jarim. No total, “Love Revolution” terá 30 episódios e será transmitido no Viki. Daqui 28 a gente retorna para contar para vocês o que achamos de tudo. Fiquem ligados!