Sinopse:Era uma vez um cãozinho que, apesar de brincar todo dia, chorava à noite. Ele vive amarrado a uma árvore, e seu sonho é ser livre. Uma conversa com seu coração pode ser o que faltava para perceber que a liberdade está mais perto do que imaginava.
Confira a resenha de “O Cão Alegre”, um dos livros do k-drama Tudo Bem Não Ser Normal, escrito por Ko Moon-young.
Atenção: contém spoilers sobre a história do livro.
O Cão Alegre é, talvez, o título que mais gera apreensão nos leitores dentro da coleção de It’s Okay To Not Be Okay. Afinal, Ko Moon-young gosta de trazer uma temática mais obscura em seus livros, como se viu em “A Criança Zumbi“, e, dessa vez, ela escolhe justo um cachorrinho como protagonista.
A obra nos apresenta um cachorro que faz a alegria das pessoas em seu vilarejo. E, apesar de viver amarrado a uma árvore, o cãozinho é muito brincalhão e parece não se incomodar com o fato de estar preso. Ou é o que pensávamos.
Quando anoitece e o vilarejo se aquieta, o cachorro chora. Isso acontece todos os dias. Ele chora tanto que, um dia, a árvore, sem conseguir dormir por causa do barulho, se irrita e pergunta o porquê de tanta choradeira. O Cão Alegre responde que seu coração é mentiroso e esconde seus verdadeiros sentimentos.
De dia, o cãozinho brinca e alegra a todos. De noite, seu corpo é honesto e coloca para fora aquilo que ele guarda para si: o desejo de ser livre. Seu coração, eventualmente, pergunta o motivo do cachorro não cortar a coleira que o prende para fugir. O Cão Alegre responde que não sabe como. O coração, aliviado, responde que o cachorro consegue fazer isso, apenas esqueceu de sua capacidade. É então que o cachorro rompe a corda com os dentes e corre livremente.
Essa obra é, pessoalmente, minha preferida entre todas as da coleção. O Cão Alegre nos ensina, de forma sutil e delicada, sobre o peso que guardar nossos sentimentos pode ter. O cãozinho passou tanto tempo sofrendo sozinho que esqueceu sobre sua própria força.
Acho essa uma mensagem muito valiosa para os leitores, principalmente os adultos! Crescemos cada vez mais introspectivos com relação aos nossos sentimentos e, como o cãozinho nos mostrou, isso traz consequências negativas. Vamos ser sinceros com nós mesmos e romper nossas coleiras, ok?
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