“Queenmaker” é um drama que facilmente passa a sensação de montanha russa. A produção prende o telespectador na base do ódio, porque não tem como assisti-la e não passar nervoso. Contudo, também nos faz acessar o pote de esperança interno. Passei o k-drama todo torcendo para que os mocinhos vencessem. 

9/10

Queenmaker

Título original: 퀸 메이커

Ano de lançamento: 2023

Direção: Oh Jin Suk

Roteirista(s): Moon Ji Young

Elenco: Kim Hee Ae e Moon So Ri

Episódio(s): 11

ENREDO

“Queenmaker”, em tradução livre, significa criador de rainhas. Encaixa um pouco com o papel da Hwang Do Hee que é líder do Planejamento Estratégico do Grupo Eunsung, um conglomerado. Como sua função está ligada diretamente em resolver os problemas dos donos da empresa, ela sabe de todos os podres por trás da criação desse império. 

Ao ser colocada em uma posição humilhante e perceber que um criminoso sairia impune, Hwang Do Hee decide unir forças à advogada Oh Kyung Sook para derrubar os sistemas opressores da sociedade. Oh Kyung Sook, também conhecida como rinoceronte, mergulha de cabeça na campanha eleitoral mesmo que isso a coloque no meio de diversos boatos falsos e piore sua relação com o filho. 

Imagem/reprodução: Netflix

Em contrapartida, Son Young Shim, dona do Grupo Eunsung decide lançar seu genro Baek Jae Min como candidato a prefeito para continuar sonegando impostos, lucrar em cima do trabalho de outras pessoas e desviar verbas. Todavia, sua funcionária mais promissora e inteligente deixou a empresa e está na equipe de outra pessoa. Assim começa uma corrida eleitoral carregada de fake news. 

PERSONAGENS

Hwang Do Hee

Imagem/reprodução: Netflix

Hwang Do Hee (Kim Hee Ae) é a cabeça por trás das estratégias em momentos de crise do Grupo Eunsung, o maior conglomerado da história. Apesar de possuir uma vida luxuosa, ela não possui tempo de qualidade e nem vida pessoal. E, após situações fatídicas, começa a olhar para os direitos humanos e lutar por eles. 

Oh Kyung Sook

Imagem/reprodução: Netflix

Oh Kyung Sook (Moon So Ri) é uma advogada de cabeça quente que não consegue ver injustiças sendo cometidas. Sua vida e carreira foram baseadas na luta pelos direitos igualitários e por esse motivo, acabou se afastando do próprio filho. Todavia, ela decide aceitar o desafio de ser prefeita de Seul para tentar melhorar os direitos de todos. 

Son Young Shim

Imagem/reprodução: Netflix

Son Young Shim (Seo Yi Sook) é a dona do conglomerado. Apesar de parecer muito coerente em suas escolhas e realmente gostar da Hwang Do Hee, não demonstrou sentimentalismo ao perder a funcionária e muito menos remorso por todas as coisas que aconteceram. Na verdade, seu único interesse é, e sempre foi, manter o império e prosperar cada vez mais. 

Baek Jae Min

Imagem/reprodução: Netflix

Baek Jae Min (Ryu Soo Young) é um “bom samaritano”. Porém, por trás do sorriso encantador e palavras eloquentes existe um homem dissimulado que manipula tudo ao seu redor para conseguir o que quer. Mesmo que envolva crimes. 

OPINIÃO 

Confesso que a primeira vista “Queenmaker” não me chamou a atenção, porém decidi dar uma chance justamente para sair do padrão. E, pasmem, descobri um k-drama interessante. É fácil ter raiva da protagonista, principalmente nos dois primeiros episódios, sua visão de mundo e facilidade em distorcer histórias e manipular o público me deixou com os nervos em frangalhos. 

Hwang Do Hee apresenta um perfil comportamental que por si só pode tirar qualquer um do sério, mas ao descobrir um crime perpetrado pelo, até então, civilizado Baek Jae Min, decide confrontar a dona do maior conglomerado dessa história. Suas reclamações são ignoradas e então decide sair do emaranhado de mentiras e ilegalidades dos seus contratantes. 

Imagem/reprodução: Netflix
Imagem/reprodução: Netflix

Apesar de suas atitudes a partir daqui serem boas e voltadas a fazer o bem, não me convenceu. A impressão que ficou e não teve jeito de mudar isso, foi que Hwang Do Hee quis se vingar do Grupo Eunsung e tudo o que ele representa utilizando a advogada Oh Kyung Sook como escudo. 

Oh Kyung Sook, inclusive, foi a minha personagem favorita. Sua luta constante pelos direitos humanos, causas sociais e menos favorecidos me deixou com o coração quentinho. Contudo, nada me tirou a impressão de que ela foi escolhida para ser a prefeita não por seus atributos positivos e sim por ser cabeça quente e topar se colocar em situações difíceis em prol de outras pessoas. 

“Queenmaker” e o alerta social

“Queenmaker” mostra que mesmo duas antagonistas como Hwang Do Hee e Oh Kyung Sook podem desenvolver uma amizade forte quando se está lutando pelas coisas certas. Apesar de ficar com a impressão anterior, ainda assim, achei o drama muito interessante por trazer um enredo totalmente voltado a uma campanha eleitoral. Fiquei abismada com os boatos, fake news e todas as histórias sujas que foram desenterradas ou inventadas durante o processo de eleição.

O drama aborda temas sensíveis e, já no primeiro primeiro episódio, trata de três assuntos pesados, como violência física, psicológica e sexual. Além de apresentar um caso de suicídio. Portanto, é um enredo carregado de coisas realmente sérias e mostra as diversas facetas dos seres humanos. Pessoas que lutam contra, outras que são indiferentes e até mesmo coniventes e as que perpetuam os crimes. 

Imagem/reprodução: Netflix

Acredito que “Queenmaker” traz luz a questionamentos importantes para a sociedade mundial. Até onde nos deixamos manipular por notícias na internet? Me perguntei isso ao longo de todos os episódios, afinal os personagens manipulam informações em todos os momentos. E isso não está ligado somente à campanhas eleitorais, por isso devemos sempre nos manter atentos e críticos referente às informações que vemos. 

Texto por Nai | Revisão por Fran Equipe de Redação da K4US
www.k4us.com.br | Não retirar sem os devidos créditos