O sucesso do XG é inquestionável, sabemos disso, mas tantas realizações, em tão pouco tempo de grupo, exige claramente uma grande equipe. Neste caso, coordenada por ninguém menos que JAKOPS.

Com muitas identidades, esse querido já esteve em diversos setores da indústria do entretenimento pop asiático e hoje ocupa o cargo máximo, CEO da própria empresa, e produtor executivo do próprio grupo.

UMA IDENTIDADE: A MÚSICA

Nascido nos EUA, filho de mãe japonesa e pai coreano, Park Jun Ho, Sakai Junho ou Simon Park, cresceu inserido em um ambiente com grande diversidade cultural. Os sentimentos de “solidão e adequação” o levou a buscar por sua própria identidade, que encontrou na música.

No ensino médio, ele já escrevia músicas e também fez parte de uma banda, mas em 2006, após finalizar os estudos, participou de uma audição da AVEX, uma gigante do entretenimento japonês, no qual, aos 20 anos, foi finalista e conquistou o prêmio de popularidade, se tornando trainee da empresa.

Simon na época do DMTN – Foto: Reprodução/IS Entermedia Group

A primeira oportunidade apareceu em 2009 ao participar do álbum “Humanimal Repackage” do músico sul-coreano MC Mong, mas estreou de fato em 2012, aos 26 anos, com o stage name de Simon, entrando como rapper e cantor no grupo masculino de k-pop DMTN (2009-2013), no qual permaneceu até o disband.

Em seguida, buscou aprimorar as habilidades musicais, começando em 2014 a se dedicar à produção (letrista e compositor), tendo colaborado no EP “Magazine” da Ailee, sendo creditado nas músicas “Don’t Touch Me”, “Goodbye Now”, “Sudden Illness” e “Teardrop”. Além de colaborar com outros artistas, como Junggigo, Amber Liu (ex-f(x)) e Jun Hyo Seong (ex-Secret).

Confira o MV de “Don’t Touch Me” da Ailee.

E não parou por aí, ele simplesmente trabalhou na tradução/adaptação das letras coreanas das músicas “TT”, “Like OOH-AHH” e “Cheer Up” para o japonês, delas mesmas, o TWICE. Quando eu disse que ele já esteve em diversos setores, eu não estava brincando. 🤭

JAKOPS: POR UM POP SEM GENTÍLICO

Durante várias entrevistas dadas à mídia, Simon explica que o nome JAKOPS é uma combinação de todas as coisas que lhe representam: “‘JA‘pan (Japão), ‘KO‘rea (Coreia), ‘P‘roduce (Produção) by ‘S‘imon'”.

Assim, as experiências multiculturais o motivaram a trabalhar por um ambiente que proporcionasse a mistura harmônica de raízes do produtor, na indústria musical. Em entrevista para a Star News em 2022, JAKOPS  falou sobre como espera ser uma ponte que ligue a cultura japonesa à sul-coreana.

À medida que aprendia muito e construía minha carreira musical na Coreia, pensei no que poderia fazer de melhor. Então, cerca de sete anos atrás, quando o K-pop se tornou mais global até certo ponto, pensei em como poderia ser uma ponte cultural, e comecei o XGALX e produzi o XG. A relação entre a Coreia e o Japão é complicada, e achei que minha identidade como coreano-japonês mestiço desempenharia um bom papel.”

JAKOPS para a Star News (2022).

Os desafios encontrados pela maneira única de ver o mundo fez o produtor escolher administrar a própria empresa. Para unir dois povos tão distintos com um histórico de conflitos, JAKOPS optou por não classificar a produção própria nem por k-pop ou j-pop, mas como x-pop.

Essa opção o fez enfrentar muitas críticas, principalmente do público sul-coreano. No entanto, ele tenta deixar claro em entrevistas que não nega que o XG tenha sido criado no sistema do k-pop, mas acredita que vá muito além disso, já que incorpora elementos do j-pop e do pop mundial. 

Além disso, a maior preocupação era não alimentar ainda mais a tensão entre as duas culturas, fazendo com que a nacionalidade ou gentílico do gênero musical ficasse em segundo plano, diante do talento e ousadia do grupo, que usa o inglês para se comunicar e alcançar o mercado global. E foi com essa essência que o produtor fundou a própria empresa, a Jakops Co., Ltd., e alinhou-se com a AVEX.

XGALX: O CONCEITO É QUEBRAR TABUS

Antes de estabelecer as definições da empresa, foram analisados mais de 13 mil candidatos, mas apenas 17 candidatas foram selecionadas para se tornarem trainees. O nosso produtor executivo viu nas garotas uma energia potente e optou por desenvolver assim um grupo feminino.

A XGALX, subsidiária da AVEX, surgiu e carrega esse sentimento, tanto que os “X” presentes no início e fim do nome da empresa representam o cromossomo feminino (XX). Somada às convicções anteriores, ser uma ponte entre Coreia e Japão, outro ponto foi abraçado pelo JAKOPS: o desejo de vencer estereótipos.

“Ao longo do caminho, aprendi que existem vários estereótipos na indústria da música sobre grupos femininos. Por exemplo, existe um mito de que “o grupo feminino, tem um fandom mais fraco do que o grupo masculino, e tem uma vida ativa mais curta”. Eu queria quebrar esse estereótipo. Também foi uma coincidência que os membros fossem apenas do Japão. Eu também queria quebrar a ideia de que você tem que ser multinacional para ser um artista global. Senti um “calor” fervente para quebrar o bom senso e os estereótipos.”

JAKOPS para a Forbes Japan (2024).

De trainees à estreia em 2022, o XG passou por 5 anos de intenso treinamento tanto na Coreia do Sul, quanto no Japão. E a construção do grupo foi formada por meio de muito aprendizado, desafios e respeito ao processo.

Conheça o MV do single de debut do XG “Tippy Toes”

Isso fica muito claro no documentário “XTRAXTRA”, que foi disponibilizado a partir de 2023, no canal do XG no Youtube, em que apresenta a construção da relação que o Simon tem com as meninas, ao longo do desenvolvimento do grupo.

O próprio JAKOPS esteve e continua presente em todas as etapas da criação, desde a escolha das meninas, as músicas, vestuário, conceitos e coreografias. Sem contar que ainda incentiva os próprios membros a apresentarem ideias e opiniões, já que acredita que só pelo diálogo e feedbacks eles possam sintonizar e criar um único “DNA”.

Ele não só está próximo a equipe, como também dos fãs, realizando lives regulares para falar sobre os projetos e interagir com os ALPHAZs. Assim, a inspiração para o XG é ser ousado e original, transmitindo coragem e “mensagens positivas”, criando uma nova imagem de “garota forte”.  E é exatamente isso que estamos vendo a cada novo lançamento das meninas. 

Quanto às pretensões futuras, o divo diz que não quer produzir o melhor grupo feminino do mundo, mas quer que elas entrem no mercado global e na história. Sendo lembradas daqui há 50 anos pela ousadia, originalidade e qualidade na indústria musical.

E pra isso, elas estão realizando neste momento a primeira turnê mundial, a “The first HOWL”, que conta inclusive com o querido abrindo os shows como DJ. As datas da tour pela América Latina não foram reveladas, mas nós já queremos no Brasil!

Confira o MV de “SOMETHING AIN’T RIGHT”, último lançamento do XG

Assim, aos 38 anos, Park Jun Ho, Sakai Junho, Simon Park ou apenas JAKOPS, tem dado o nome na música asiática, seja pelas convicções que desafiam a própria indústria, seja pela ousadia e criatividade impressa no XG.

Não sabemos se ele vai conseguir realizar todas as pretensões, mas com certeza é um talento que deve ser acompanhado de perto. Se você se interessou e quer seguir o divo, se liga nas redes dele:

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