1) Seu mais recente trabalho, Lovely, tem uma mensagem muito forte de apoio emocional. Você escreveu a música pensando em algo que viveu pessoalmente? Qual foi a sua intenção? Quando você a escreveu, você imaginou que Lovely seria um conforto para pessoas que estão sofrendo com ansiedade e depressão devido o isolamento social causado pela prevenção ao covid-19?

O single ‘Lovely’ é como um presente meu para os fãs. Eles esperaram e esperaram pela minha música por bastante tempo. Então eu realmente queria os surpreender e também curá-los ao mesmo tempo. Na verdade, quando eu estou tendo um momento difícil, eu escrevo meus sentimentos nas letras de minhas músicas e isso me dá uma energia positiva. Com isso, espero que meus fãs se sintam melhores quando ouvirem ‘LOVELY’.

2) Imaginamos que o trabalho como solista pode trazer grandes vantagens, como uma maior autonomia de projetos, mais envolvimento com o desenvolvimento de seus lançamentos… Qual foi sua principal realização profissional nesta nova fase?

Ser um artista solo é um caminho muito solitário. Precisa de muita coragem. Por isso que quando artistas começam carreira solo, eles sentem um vazio.

Essa situação é bem difícil de se acostumar. Mas em contrapartida, é um novo capítulo na sua vida também. Eu acho que há ambas vantagens e desvantagens nisso. Mas se você se manter focado em sua carreira e abraçar esse novo caminho, você pode fazer qualquer coisa.

3) Você está participando de um projeto como mentora para artistas universitários, certo? Como tem sido a experiência de orientar jovens em um caminho que você já trilhou? Você sente que eles passam por situações parecidas com as que você já passou? Consegue se enxergar neles?

Eles me lembram da minha infância, quando eu os vi treinando, estudando e pensando demais. Eles parecem umas Mini Minzys. Eu quero ajudá-los e ensiná-los por que eu realmente penso neles como minha família. Essa experiência é um tesouro insubstituível para mim.

4) Há alguns meses, conversamos com alguns idols que contaram suas experiências dentro da indústria: das melhores às piores situações. E Você também já dividiu com o público sobre as complicações que enfrentou nesta carreira e como isso afetou sua saúde mental. Por que você decidiu compartilhar sobre essa parte de sua vida? Como se sente em pensar que falar sobre essa experiência pode ajudar jovens artistas na mesma situação?

Eu quero dizer às pessoas que estão passando por um momento difícil agora, que não é uma vergonha você confessar como vocês se sentem. Depressão, tristeza, loucura, ansiedade, todas as pessoas têm sentimentos. Eu espero que as pessoas começam a falar mais confortavelmente e com mais confiança sobre isso, e que também a sociedade deve providenciar ambientes mais confortáveis para elas. A parte importante é que nós primeiro precisamos mudar nossa perspectiva sobre saúde mental.

5) Frequentemente presenciamos idols se afastando de suas atividades para focar no cuidado com a saúde mental. Você acredita que houve uma mudança desde seu início na indústria, no que diz respeito ao cuidado com o psicológico dos artistas? O que espera para as futuras gerações de idols?

Na verdade, não há nenhuma mudança no tratamento de saúde mental de um artista. Eu acho que nós precisamos continuar tentando mais e mais mudar nossa perspectiva. Eu tenho esperança que as futuras gerações de idols falem com sua própria voz com mais confiança.

6) Após aguardar por muito tempo para te encontrar pessoalmente, os fãs brasileiros finalmente tiveram essa oportunidade em 2019, durante a reinauguração do Centro Cultural Coreano. Sabemos que foi a realização de um sonho para muitos, mas queremos saber da experiência sob o seu ponto de vista. Quais foram as impressões que o Brasil e os fãs brasileiros deixaram em você?

Foi minha primeira vez no Brasil e foi tão incrível passar esse momento com todos vocês. Os fãs brasileiros são tão energéticos e apaixonados. Eu fiquei muito impressionada com a energia deles. E eles também são ótimos dançarinos! Quando eu estava no palco, eles seguiram meus movimentos muito bem 😉

Eu me diverti muito no palco. Quando a pandemia acabar, eu amaria voltar e conhecer meus fãs.

7) Durante sua estadia no Brasil, não termos certeza se você chegou a conhecer a nossa culinária. Mas nós separamos quatro pratos típicos regionais… Queremos que você dê uma olhada e escolha um para experimentar, caso tenha a oportunidade de voltar pro nosso país.

Em 2014, o Brasil ganhou uma competição que dizia que o 2NE1 viria ao Brasil. Você se lembra disso? O fato de você ter vindo cinco anos depois, trazendo tanto amor e dedicação aos fãs fez com que eles se sentissem compensados. Mas a esperança de ver o 2NE1 como um quarteto nos palcos brasileiros ainda vive no coração de muitos Blackjacks. Podemos sonhar com esse momento? Você também tem essa vontade?

Blackjack sempre estará no coração do 2NE1, sempre. Se tivermos a chance de estarmos juntar de novo, eu irei trazer as minhas membros para os fãs brasileiros.

9) Sabemos que com uma carreira tão icônica dentro do 2NE1, o público pode ficar preso neste passado. Você acredita que existe uma dificuldade para as pessoas desvincularem seu atual trabalho como solista do seu trabalho como integrante do 2NE1? Se sim, como se sente sobre isso?

2NE1 é minha raiz e cor. Se eu apagá-lo, minha personalidade, raízes e cores irão desaparecer da minha vida. Eu posso dizer que o 2NE1 me inspirou a me tornar o que eu sou hoje.

10) Como explicamos anteriormente, nosso site incentiva muito o amor próprio e a positividade, e você é vista como uma idol quebra os tabus em conversas sobre de saúde mental. Pensando nisso, você poderia deixar uma mensagem especial para os fãs brasileiros com este tema?

Se você se amar primeiro, você consegue amar o outro também. Eu acho que os fãs brasileiros são energéticos e apaixonados, então só dê um elogio para si mesmo com essa energia. Se você fizer assim, as pessoas vão receber energias positivas vindas de você 😉