“Olá, estranho, quero te conhecer”. AVISA QUE A QUEEN VOLTOU!

Sunmi, uma das solistas de maior sucesso da indústria, está de volta com o single álbum “STRANGER“, lançado no último dia 17, e vai provar que nem só de verão vive um Miyane (nome do fandom da cantora). A era trevosa da gata (quem conhece “Full Moon” tá ligade nessa referência!) está de volta e, pra variar, promete ser lembrada por muito tempo!  O hit estreou no top 5 vídeos virais do Youtube, atingiu o topo do iTunes Brasil e continua dando o que falar. Por isso queremos que você conheça Sunmi através de suas músicas agora com a gente.

Seguindo a tradição de ser fiel aos seus instintos, Sunmi disse que “Stranger”, “Calm Myself” e “Call My Name”, as três faixas que compõem o single álbum, tem tudo a ver com ela. Cada uma passa mensagens que se complementam com relação à percepção pessoal sobre amor próprio. Veja bem, ouvindo “Calm Myself” e sua vibe de “tá tudo bem, isso vai passar” não dá vontade de realmente sentar, respirar e partir pra outra? É tudo sobre autorreflexão, meus amigos. Já “Call My Name” é uma homenagem aos fãs.

“Para Sunmi, criatividade significa criar uma nova versão de si” (Tradução direta tirada da narração do vídeo)

O MV da música título foi gravado em um castelo na Polônia e traz a ideia de construir versões de si até se encontrar e revelar a evolução do amor próprio neste processo. Fala sobre amar a si mesmo e suas diversas versões e da forma como Sunmi se reinventa a cada retorno. Em “Stranger”, ela se vê por uma perspectiva diferente, de fora pra dentro.

E pode até ser que você estranhe a música quando ouvir de primeira, mas está tudo bem. Sunmi disse que não foi proposital inicialmente, mas no fim ela parece ser 3 músicas diferentes ao mesmo tempo. É diferente do fluxo que estamos acostumados, mas essa ideia de experimentar lançar dessa forma, com as três partes que se conectam, faz sentido tanto com o conceito quanto com a ideia geral de abraçar os diversos lados que nós mesmos temos, afinal de contas é isso o que nos torna únicos. É de pirar o cabeção, né?

E é por essas e outras que estamos aqui para te indicar 10 músicas de diferentes eras da Sunmi e explicar de forma leve porém detalhada sobre sua musicalidade. Se você ainda não conhece os hits dessa querida, “Bem-vindes à bordo” (Lalalay). “Esse é um aviso” (WARNING) pra você ir AGORINHA “se viciar” (ADDICT) no estilo único de Lee Sunmi!  

24h

Impossível passar batido por essa aqui. “24h” marcou o debut solo de Sunmi e logo de cara mostrou pra todo mundo que ela ia emocionar dali por diante e já são 9 anos nesse papo.

Dá pra falar da coreografia revolucionária (tanto no MV como nas promoções e em algumas apresentações, a coreografia foi feita descalço, com uma pegada mais contemporânea), do estilo diferente da música que do nada traz o ritmo sensual de tango (que até hoje é lembrado) ou, até mesmo, da letra que fala explicitamente de um momento íntimo e de como essas “24h” do dia não são o suficiente para dar conta dessa necessidade de estar perto de quem se ama. Sacou, né? 

Ela foi grandona aqui. Em uma sociedade mega machista, Sunmi explorou momentos que podem ser tidos como tabu e escancarou na performance também. Ela  chegou dando um porradão na porta definindo como seria sua marca ali mesmo. 

PS: Há boatos de que o conceito de Stranger seja uma releitura do que foi feito nessa época aqui, lembram do conceito vampiresco do “Full Moon”? Depois contem pra gente se vocês acham que tem alguma coisa a ver ou não, tá? 

MV da música 24h de Sunmi

Gashina

“Gashina” sempre será famosa, fala sério! Não tem como ouvir o refrão sem fazer a coreografia e até de fizer sem a música dá pra saber de onde vem. Um clássico. O pop com nuances de música eletrônica faz a gente sentir a evolução do som e dos sentimentos dela desde o início e, se combinado com a história contada no MV, dá pra ver claramente a superação da personagem. 


“Gashina” trata dos “lutos do término”, que vão desde a negação, raiva até a aceitação. Ela começa com o questionamento de um relacionamento que esfriou, sem entender o motivo pra isso. Passa pela intenção de seguir em frente bem confiante e empoderada:

“Você murchou, eu floresci e agora acabou. Vou viver como uma flor, serei eu mesma… Meus espinhos vão perfurar você profundamente” 

Gashina. Sunmi, 2017.

A transição de uma fase para outra pode ser vista no MV de forma tão sutil que no final toda a ambientação do clipe e da música “explodem” dramaticamente e trazem esse poder de ter superado tudo. Sem dúvidas é uma forma bem bacana de falar sobre algo que todo mundo já passou.

Borderline

Absolutamente pessoal e necessária, em “Borderline” Sunmi expõe a dificuldade que sente em se relacionar com as pessoas e como ela queria apenas poder ser compreendida, acolhida e conseguir se manter estável. 

É um desabafo sobre a angústia que ela sente por conta do transtorno Borderline, mas também faz alusão aos limites que acaba sentindo que existem por conta disso. Ao longo da música, parece mesmo que ela entra em confronto consigo, com diálogos internos conflitantes, mas que no fim mostram que a intenção dela é mesmo ficar bem e fazer o bem aos que estão à sua volta, mesmo que seja difícil. Ela chega a falar sobre como muito mudou depois dos medicamentos. 

Tranquila e cativante, a canetada considerada um Rock alternativo lento, prende nossa atenção e foi lançada oficialmente no mini álbum ⅙, já cheio de músicas com essa pegada mais reflexiva e vulnerável (aproveito aqui para indicar “Narcissism” também!) embora tenha sido apresentada ao público em outros momentos. 

Fica também nossa recomendação desse vídeo onde Sunmi explica e fala abertamente sobre seu diagnóstico de Transtorno de Personalidade Boderline.

보라빛 밤 (pporappippam)

A noite lilás nostálgica e acolhedora nem parece “triste”, mas uma das músicas mais contagiantes da Sunmi, na verdade, fala sobre a desolação de não poder viver eternamente em uma noite especial. Todo mundo tem um dia que foi tão incrível que a gente simplesmente queria morar nele pra sempre, né?

O pop dançante é tão, mas tão bom de ouvir que é inevitável colocar no “repeat”. O toque sentimental da flauta no começo, as batidas e os riffs tornam a música única.  Essa faixa foi lançada em 2020 e Sunmi queria que as pessoas tivessem um sentimento bom diante do caos que estávamos vivendo na época e fez a querida se tornar a única solista feminina coreana a ganhar seis sucessos no Top 5 da parada da Billboard. ÉÉÉ, querida! 

A música, que não abre o álbum, mas é o nome dele, “⅙” é uma composição leve que embora ainda seja no âmbito pop ela traz instrumentos orgânicos em sua composição e puxa bastante para um lado mais indie e intimista. Na canção, Sunmi narra de forma implícita, porém ainda detalhada, sobre como é sua rotina em relação às medicações que toma para as vozes que falam tanto na sua cabeça e em como ela gostaria de ser levada para bem longe daquela realidade.

Logo no refrão ela parece conversar conosco, ouvintes, e até mesmo com um “alguém” indeterminado; perguntando como nós e esse “alguém” estamos e trocando palavras e comentários do que ela está sentindo e querendo fazer. 

“⅙” pode ser uma música um tanto abrangente demais para alguns, mas que o fato dela ter o próprio título do EP não é nem um pouco por acaso. Para mim, parece mais uma síntese de ideias simplistas que podem resumir um pouco do que Sunmi quis passar com todas as suas outras composições, mas de maneira resumida e indireta.

Call

Quando a gente pensa naquela música pop com uma harmonia perfeita, acho que “Call” deve ser uma das que primeiro vêm a minha cabeça pois, minha nossa, que música que você não dava nada, mas entrega horrores!

Embora seja uma música que aparenta ter uma letra fácil, já que fala sobre um término de relacionamento, também faz muitas alusões a um empoderamento da própria Sunmi, de como ela começa a se enxergar no antes e depois do relacionamento com o tal garoto descrito nas letras.

Outra coisa que chama bastante atenção é o quanto a Sunmi fala bastante sobre ter agido muito tempo como uma “boa garota” , mas agora não é mais aquela boa garota que todos esperam que ela seja. E reitera isso em várias composições não só do EP “⅙” mas também em seu álbum “Warning” de 2018. Go Sunmi!

Siren

Sai da minha frente que eu não quero te machucar, tô te avisando, hein!!!

Hit atemporal, “Siren” garantiu o Perfect All Kill por semanas, não por acaso. Mais uma vez Sunmi hablou mesmo sobre situações reais e suas dificuldades, mas dessa vez como forma de aviso. Assim como as sirenes servem para alertar sobre algo perigoso, durante toda a música ela avisa pra pessoa ficar longe dela, porque ela não é como essa pessoa pensa, como se criassem uma versão fantasiosa da Sunmi que não existe e não quer que as pessoas se decepcionem pelas expectativas criadas por elas.

O sucesso já começa com aquelas sirenes tocando trazendo a gente para um estado de alerta constante. No MV é possível notar essa intenção de ”red flag” quando uma Sunmi passa a prestar atenção na forma como a outra Sunmi é inconstante e imprevisível.

Da mesma forma como as sirenes (também faz referência às sereias da mitologia) são cativantes (não de uma forma boa quando ficamos perto dela por muito tempo), o comportamento dela chama atenção e uma tenta se afastar da outra, mas não é possível, porque aquela faz parte dela e no final mostra as duas se tornando uma só, o que torna a convivência com ela um estado de alerta constante.

A música é boa demais, não tem como. 
PS: Gashina, Siren e Heroine se completam!

Noir

Essa aqui foi a que me fez ser fã desta mulher maravilhosa, então ela não poderia faltar, vamos falar de uma das maiores composições e músicas da Sunmi: “Noir”! “Ah mas eu não acho que essa seja-” Pois discorde da sua casa! 

Sendo a música onde a Sunmi finalmente começou a explorar, e mergulhou de cabeça no som indie misturado com R&B e música alternativa, “Noir” é uma obra de arte tanto em sua instrumentalidade quanto no lirismo.

Fazendo uma crítica em seu MV e letras sobre o mal que as redes sociais podem fazer às pessoas e em como o ser humano começou a banalizar situações sérias e se colocar até mesmo em risco de vida em prol de likes e seguidores, “Noir” é uma produção crua e sua ambientação sonora passa todo esse vazio e ao mesmo tempo explosão que Sunmi quis passar. 

É um grito de socorro no meio do silêncio, um brado de alerta em meio a pessoas que não querem entender aquilo que está bem à sua frente. 

Além disso tudo, o próprio título da música brinca com esse conceito de “contraste” de ideias e paralelos, já que “noir” significa literalmente “preto” em francês, mas em seu MV e fotos promocionais o que mais tinha era um bombardeio de cores vibrantes e muito glitter. Curioso, não?

You Can’t Sit With Us

A começar pelo próprio título que é uma frase super famosa do filme “Meninas Malvadas”, um grande marco dos anos 2000 até os dias atuais: “Você não pode se sentar com a gente”, Sunmi veio para quebrar tudo com este hino de música que só perde mesmo para Noir porque pessoal… que música!

Tendo referências em seu MV a objetos como os telefones, computadores e até mesmo o celular Motorola que nos remete a como as populares e patricinhas dos filmes teen estadunidenses se comportavam e vestiam, em “You Can’t Sit With Us” Sunmi explora seu lado retrô e traz para nós o glorioso pop dos anos 80 e 90 de volta, tanto em seu instrumental como em sua cinematografia.

O plot twist que a história do MV tem lembra bastante as obras “Um Drink no Inferno” de Quentin Tarantino e até mesmo “Parasita” de Bong Joon-ho, onde tudo parece estar indo bem até algo fazer Sunmi ter seu universo virado de cabeça para baixo. Num estilo bem “Meu Namorado É Um Zumbi” ela tem seu namorado que não a compreende se tornando um zumbi e a grande questão é: ela pode aceitá-lo de volta assim?

É uma música divertida e animada que é impossível da gente não amar e começar a dançar assim que escuta.

OH SORRY YA

Uma mistura de “You Can’t Sit With Us” com “Tail” e BUM! Se nasce o primeiro single digital da Sunmi: “OH SORRY YA”.

Com seus graves iniciais lembrando a abertura da série de grande sucesso da Netflix “Stranger Things”, em “OH SORRY YA” a cantora traz de volta a vibe dos anos 80 e 90 outra vez, mas de uma forma remasterizada para o pop e vogue do presente com o toque mais dark e sexy que ela trouxe com “Tail” em 2021. 

“OH SORRY YA” é aquela música puramente empoderada onde Sunmi se desculpa, mas não por não ter se importado com um caso.


E aí, a sua preferida ficou de fora ou acha que a galera precisa conhecer outras? Conta pra gente em nossas redes sociais quais as músicas preferidas de vocês e as que vocês acham que todo mundo deveria conhecer. E também contem para a gente se o nosso “Conheça Sunmi através de suas músicas” fez você de fato conhecer um pouco mais da artista e como sua música conversa com o mundo e com seus sentimentos~

Edição por Annyie e Giu | Revisão por Fran| Equipe de Redação da K4US 
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