Como bem falamos no texto anterior da série BTS, o Bangtan está bem requisitado, internacionalmente falando, então é normal estarem sempre se atualizando. A mudança da logo oficial foi um choque? Sentiremos falta do coletinho? A resposta é: SIM! Porém, temos que aceitar que eles estão famosos e crescendo cada vez mais como artistas.
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Os conceitos do BTS ao longo desses 4 anos parecem estar mostrando a evolução dos membros como pessoas e como idols. Em 2013 era legal fazer um conceito mais bad boy até porque também combinava com suas letras. Meninos que não quiseram seguir o padrão de vida que a sociedade impõe às pessoas são considerados rebeldes. Enfrentar as críticas do mundo e trabalhar duro para chegarem aonde estão é ser, teoricamente, à prova de balas. Pensando dessa forma, até que o coletinho fazia sentido. Mas o que dizer sobre os conceitos mais recentes? Podemos até teorizar sobre essas mudanças, mas isso fica pra outro texto. Onde queremos chegar é nos significados dessas modificações e o que elas passam para nós. Para isso, aí vai uma análise de todos os conceitos do BTS até agora:
“Bad boys” a.k.a. o debut:
Vestindo preto, com lápis de olho forte nos olhos, correntes penduradas no pescoço e cabelos espetados. Era praticamente impossível tirar os olhos daqueles sete meninos bad boys que chegaram já causando num ônibus de escola em seu debut. Toda essa fase do começo do BTS (de “2 Cool 4 Skool” até “Dark and Wild”) tinham uma pegada bem “rebeldes”, com cabelos bagunçados, visuais escolares, músicas mais “agressivas” e MVs que vinham com a mesma vibe. Essa fase representava bastante também a época que os garotos estavam vivendo em suas vidas pessoais, já que a maioria estava começando a sair da adolescência naquele momento (com a exceção é claro de Jin, que por ser o mais velho, já tinha saído e do Jungkook que estava literalmente vivendo no meio de uma “war of hormones” no auge dos seus 15 anos).
A logo do grupo também representava bem essa época. A primeira vez em que o colete à prova de balas apareceu foi no vídeo teaser de apresentação do BTS no canal da Big Hit. Ele era preto e vinha acompanhado de raios do lado. Poderia ser fofo, mas aí não iria condizer tanto com a imagem de “danger” que eles queriam passar.
The Most Beautiful Moment in Life
Todo mundo uma hora tem que crescer e o BTS não é exceção à regra. Em “The Most Beautiful Moment in Life”, vemos que os meninos estão começando a lidar com as consequências do amadurecimento e dessa entrada na vida adulta. Os MVs dessa época tinham uma pegada mais séria. As letras das músicas também tratavam de coisas mais densas, como ansiedades e inseguranças que os jovens normalmente enfrentam.
Esse álbum também foi o primeiro o qual todos os integrantes participaram ativamente de todas as etapas, desde a composição dos arranjos, à letra e até mesmo à produção das músicas. Foi realmente como se eles estivessem se formando e tomando algumas responsabilidades para si, começando assim a controlar o seu próprio futuro.
Em 2016, BTS abriu suas asas e se preparou para voar
Encarnando a sua própria versão da história de Demian (livro do Hermann Hesse – alô teorias), o BTS teve seu comeback em setembro de 2016 preparados para levantarem voo. Basicamente, esse álbum continua com essa ideia que foi apresentada na época de The Most Beautiful Moment in Life, de crescimento e amadurecimento do jovem, que agora tem que lidar com tentações e escolhas entre o certo e o errado. O próprio RM disse em entrevista na época que “quanto mais difícil for resistir às tentações, mais você pensará sobre isso. A incerteza faz parte do processo de crescimento”. Isso sem contar no principal simbolismo que envolve o conceito de asas: liberdade.
Vale lembrar aqui que esse é o álbum dos meninos onde cada um teve um solo. Se no começo da última era eles estavam começando a tomar as rédeas de suas vidas (e carreiras), aqui eles estavam completamente no controle delas.
Mudança da logo e era soft apaixonada
Foi dolorido, mas em 2017 (logo depois de ganharem o BBMA e começarem o seu plano de “dominação” mundial) o coletinho, que vinha acompanhando os meninos desde o debut, foi oficialmente aposentado. Para o seu comeback e sua nova fase, foi divulgado uma nova logo para o grupo, para os ARMYs e até mesmo um novo nome em inglês: agora, eles são Beyond The Scene – o que deixou muita gente confusa. Tinha gente que tava chamando de Behind The Scene, outras que se recusaram a reconhecer essas mudanças, outras que queriam saber o simbolismo da nova logo… Não faltou teoria para o fandom fantasiar. A verdade era que, como forma de reconhecimento aos fãs que sempre os apoiaram e estiveram com eles, as novas logos se uniam e formavam uma única coisa. Sabe aquela história do “juntos somos um só”? Era exatamente isso!
E essa não foi a única mudança, não! Depois de anunciarem o comeback pra Setembro e levarem as ARMYs à loucura com a exibição de uma série de mini-filminhos conectados (um verdadeiro k-drama), eles oficialmente lançaram a era Love Yourself com o comeback estrelado pelo Jimin. “Serendipity” é a primeira música da fase “HER”, que terá mais duas e irá até 2018. Aqui, depois de crescerem, vemos que os meninos estão claramente maduros o suficiente para se apaixonarem – e estão bem softs em relação a isso. A própria estética de “Serendipity” mostra isso através de contrastes claros entre tons neutros e cores – muitas e muitas cores. Se quando eram adolescentes eles estavam todos de preto e eram bad boys, agora eles oficialmente cresceram e viraram adultos.
Conceitos variados e muito diferentes uns dos outros. Mesmo assim não dá pra negar que amamos todos e que cada um deles combinou perfeitamente com cada fase da vida. Seja fazendo uma crítica ao sistema ou falando sobre amar à si mesmo, o eterno Bangtan Sonyeondan nunca decepciona.