Em pleno mês de dezembro alguns K-Poppers estavam muito mais no clima “This is Halloween” do que “Jingle Bells”. Isso porque no início do mês – e pegando um finzinho de novembro – as meninas do Dreamcatcher realizaram uma série de fansigns por algumas capitais brasileiras, fechando com um showcase em São Paulo. E eu tive a sorte (sorte mesmo, obrigada Carol por me levar com você ????) de ir ao Fansign no Rio, não como imprensa, mas dessa vez como a própria fangirl mesmo.

A fachada do Teatro Maison de France engana e esconde. A primeira vista ele pode se passar como um prédio comercial como qualquer outro do centro da cidade, mas basta você dar o primeiro passo para dentro dele para perceber que é um espaço bem diferente daqueles que estamos acostumados a frequentar em eventos de K-Pop. Logo na entrada passamos por um detector de metais e scanner de bolsas, como os de aeroportos. Particularmente, esse detalhe me chamou bastante atenção. Já escutamos por aí que existe um cuidado maior com girl groups – o que acho justíssimo –, e esse fator que pode parecer inútil ou passar despercebido, confirmou um pouco disso.

O interior do local é bem elegante. Escadas de mármore e um teatro de 352 lugares com poltronas acolchoadas que davam uma visão ótima das meninas, independente de qual lugar você ocupasse.

Dreamcatcher chegando ao palco para a primeira sessão do fansign

Nós tivemos que esperar pouco pela presença das meninas no palco. Ainda durante a explicação de como rolaria o evento elas passaram atrás da cortina e já começou o alvoroço. Quando elas finalmente entraram então foi uma gritaria maravilhosa, daquelas que faz todos os artistas que vem ao Brasil se sentirem amados e amar ainda mais nosso país.

Elas sentaram e o fansign teve início. A mesa começava com a Sua, seguida de Handong, Siyeon, Jiu, Yoohyeon, Gahyeon e Dami por último. Como eu estava na penúltima fileira do teatro, tive muito tempo para ficar olhando as interações com o público… E tentar chamar a atenção da bias.  Infelizmente não fui notada por Dami e nem minha amiga por Gahyeon, que por serem as últimas eram as que ficavam mais tempo livres. Mesmo sem nos notar, elas notaram muita gente. Dami procurava sempre olhar quando a chamavam, fazia dancinhas, gestos – aliás o sinal do Ronaldinho foi vencedor, viu? As duas em especial faziam o tempo inteiro. Gahyeon também interagiu bastante com o público durante o evento, mandando coraçõezinhos o suficiente pra fazer até os não biaseds ficarem soft com a maknae.

A dona do fanservice para o público, no entanto, tem outro nome: Jiu. Ela não parava! Mesmo que estivesse sempre ocupada assinando, sempre que tinha o mínimo tempo livre levantava, dançava, fazia graça e todo mundo ficava rindo.

O fanservice nosso de cada dia

Os fãs gritaram o nome de todas as integrantes, seguido de um “eu te amo” em cada menção, cantavam as músicas acapella – você quer fã talentoso??? Aliás, ao longo do evento infelizmente não teve música rolando. Só o burburinho dos fãs mesmo.

Quando finalmente chegou a minha vez fiquei meio ansiosa porque apesar de já ter visto bastante shows de K-Pop, nunca tinha passado por uma experiência cara a cara com um idol. Bom, eu não falo coreano, então foi um pouco frustrante querer falar o mundo de incentivo para as meninas e não conseguir. Nem entender o que algumas diziam. A Sua até tentou mas eu simplesmente fiquei com uma cara de “hm…err…ok, rs”, coitada… Apesar de não entender, no entanto, dava para sentir a simpatia dela e das outras meninas. Elas sorriam como se estivessem realmente felizes ali, não como pessoas trabalhando e cumprindo uma obrigação de alguma forma incômoda.

Depois dela veio a minha mais nova crush, pode entrar Handong! Ela conseguiu me deixar toda boba quando eu parei na frente dela e ela imediatamente sorriu e elogiou o meu cabelo – PONTO FRACO! –. E eu que achava que aegyo não me atingia me senti desmascarada com o tanto que sorri com o jeito dela.

Quem é meu cabelo perto dessa mulher? Pretty é você more

Siyeon veio logo depois, mas com ela foi bem rápido porque eu não sabia o que dizer e aparentemente nem ela, mas foi eu passar pra Jiu pra ela falar algo que eu não entendi e continuar olhando pra mim. Triste em não consegui me comunicar language.

O mesmo ânimo da Jiu em interagir com a galera da plateia foi com o qual ela me recepcionou assim que cheguei nela. Super atenciosa e sorridente. Eu cheguei no fansign com o dever de dar um recado de um amigo pra Yoohyeon, falar pra ela que ela canta como um anjo – apenas verdades – e quando eu falei (em inglês, em tantos anos longe de um curso de coreano eu nunca quis tanto saber o idioma como nesse dia), ela respondeu toda surpresa com um “Really??” que eu me pergunto se ela realmente duvida da única verdade universal possível.

Cheguei na Gahyeon logo depois que minha amiga deu uma choker de presente a ela e ela estava simplesmente tentando vestir a choker pela cabeça, onde ela já estava usando um arco com chifre de unicórnio, que se enrolou na choker e ela ficou toda atrapalhada. Eu parada na frente dela só ria. Aí por fim ela desistiu, rindo também e assinou meu pôster. Por fim Dami, que escutou algumas vezes que a amo, e ficou meio que rindo da minha cara. Tudo que vai volta, né? Castigo por ter rido da Gahyeon.

Um detalhe que me chamou muita atenção em todas elas foi o cabelo. Sim, o cabelo. Mas não pelas cores fortes ou mudanças, mas porque são todos muito hidratados?! Eu sei que parece um detalhe estúpido, mas acompanhando a rotina capilar de um idol, acabamos imaginando que os fios ficam facilmente quebradiços e sem vida. Bom, não para as meninas do Dreamcatcher. Deu vontade (de ter igual e passar a mão também).

Um dos nomes que mais gritavam? Gahyeon ????

Quando eu desci do palco percebi que queria voltar e falar um monte de coisa que não falei, mesmo que elas não entendessem. De toda forma, o tempo que tínhamos com cada uma não foi exatamente corrido. Já sabemos que esse tipo de evento não dá pra colocar todas as fofocas em dia com os idols, que é uma interação rápida, mas pelo menos na minha experiência foi algo bem tranquilo.

Como eu estava na penúltima fileira, assisti o fansign acabar pouco depois da minha vez. E logo em seguida os staffs começaram a mover as mesas. Nesse momento eu parei e fiquei um pouco receosa. Eu já tinha visto vídeos de fansigns das meninas e neles elas performavam ao fim, mas eu só fui acreditar mesmo quando elas fizeram a formação para Fly High.

Fly High é a minha música favorita delas então imaginem uma pessoa tentando manter a calma mas surtando por dentro e se aprontando para filmar e fazer stories mil pra conta da K4US no Insta. Esta era eu.

Um dos pontos fortes do Dreamcatcher é a sincronia e as coreografias impactantes. Eu só não esperava que fosse tão incrível ver isso ao vivo. É realmente aquilo que vemos nos MVs e apresentações. Infelizmente elas não cantaram, mas a performance valeu tanto quanto como se elas o tivessem feito. Até porque, o público substituiu os vocais delas e foi de arrepiar escutar o pessoal cantando a música do início ao fim. Ainda usando alguns presentes que ganharam durante o evento, elas mostraram que são mesmo as supremas da parada, mantendo a sincronia e ainda assim rindo, brincando e enchendo nossos olhos com ~aquele~ fanservice.

Após a apresentação, elas se despediram do público, tiraram fotinha com a plateia ao fundo e, com tristeza, tivemos que deixar o teatro para que as meninas se preparassem e pudessem recepcionar a galera da segunda sessão do fansign. Sim, foram duas vezes, ambas para um público estimado de 200 pessoas cada. E se nós, da primeira sessão, tivemos a oportunidade de assistir a “Fly High”, a turma seguinte assistiu “Chase Me”.

Obviamente toda a experiência foi incrível, mas se eu precisasse apontar o ponto forte do fansign sem dúvida foi a surpresa da performance, já que não é comum acontecer em eventos desse tipo por aqui. E, já que nós do Rio e a galera de outros estados não tivemos a oportunidade de receber um show do Dreamcatcher em nossas cidades, pelo menos pudemos testemunhar brevemente os poderes delas.

Fim da primeira sessão do fansign no Rio: momentos antes de me despedir de Dreamcatcher e deixar meu coração com elas

 

Fotos por Natalie Oliver

Texto: Bea