O longo tempo entre um comeback e outro, a saída de uma integrante e o “BOOM” dos novos girl groups foram algumas das justificativas para os muitos “SNSD está morto” que escutamos por aí já há algum tempo. Mas os últimos lançamentos vieram provar que além de muito vivas, não é à toa que são o grupo da nação há 10 anos. Pensando nisso, resolvemos fazer uma retrospectiva básica para vocês, visitando os momentos mais marcantes da carreira do grupo.
É bom saber que algumas integrantes tiveram um longo tempo de treinamento – algumas foram trainees por 7 anos na SM Entertainment – e que o posto de queridinhas da Coreia não veio logo de cara. O debut, com “Into The New World”, chamou sim atenção e até mesmo rendeu o primeiro prêmio de programas musicais ao grupo, que ficou pela primeira vez em primeiro lugar no M! Countdown. O primeiro de uma infinidade de prêmios.
Os singles subsequentes – “Girls’ Generation”, “Kissing You” e “Baby Baby” – também tiveram uma boa resposta do público, mas o SNSD só passou mesmo a vislumbrar o que viria a se tornar em 2009, diante do estouro de “Gee”. Difícil é conhecer alguém no nosso meio que não sabe que música é essa, afinal o hit é praticamente obrigatório no início da vida kpopper de qualquer um – e se não no início, em algum momento você acaba se deparando com as meninas-manequins do MV. Ainda em 2009, o grupo mostrou as diferentes cores que guardavam até então: “Genie” e “Oh!” mantiveram a linha fofa conhecida pelos fãs, mas o fim do MV de “Oh!” já denunciava o que estava por vir em “Run Devil Run” – as garotas vestiram preto e mostraram que poderiam ir além das expectativas com um conceito powerful. “Hoot” veio um pouco depois, com uma vibe mais retrô, mas também ainda longe da imagem fofa de antes.
A mudança de conceito já é algo esperado quando um grupo é conhecido por conceitos fofos, e tem toda aquela coisa de transição de menina para mulher, mas para Girls’ Generation a transformação mostrava também uma evolução musical e uma abertura para um leque de novas identidades e estilos musicais. A SM Entertainment soube aproveitar e mostrar muito bem esse momento quando lançou a carreira japonesa delas, apostando primeiro em remakes das próprias músicas e depois partindo para um full album cheio de inéditas.
Apesar do sucesso internacional, a tentativa de lançamento no mercado americano, em 2011, não foi das melhores sucedidas. O debut nos EUA aconteceu após o comeback coreano com “The Boys” e com uma versão em inglês da mesma música. Ainda que não tenham alcançado o sucesso de divas pop ocidentais no mercado norte americano, o grupo se apresentou em programas prestigiados nos Estados Unidos, como o Late Night with David Letterman.
Apesar da dedicação a carreira internacional, promoções no Japão e nos EUA, TaeYeon, Tiffany e SeoHyun encontraram tempo para debutar com a primeira unit do SNSD: o TaeTiSeo. O single “Twinkle” mostrou ainda mais o potencial de três das principais vocais do grupo.
Os SONEs ainda receberam um presentão no reveillon de 2012 para 2013: o comeback de “I Got a Boy”. E por mais que inicialmente tenha confundido muitos pela variedade de ritmos juntos em uma música só, a verdade é que no fim todo mundo acabou gostando, né?
Embora 2014 tenha trazido ao fandom o mini-álbum de “Mr.Mr.” em fevereiro, alguns meses depois se estabeleceu um verdadeiro caos com o anúncio da saída de Jessica. A integrante afirmou em nota que estava tão surpresa quanto os fãs e que havia sido informada de sua saída pela agência. Jessica contou ainda que havia sido pressionada pelas colegas de grupo a escolher entre sua marca de moda, BLANC & ECLARE, e o grupo. A confusão dividiu muitos fãs – e até mesmo os que acompanhavam de longe a carreira das meninas – entre continuar apoiando o grupo ou apenas a ex-integrante.
Toda a confusão que resultou em uma baixa no grupo aconteceu durante a preparação da música que se tornou o primeiro lançamento de Girls’ Generation como um grupo de oito integrantes. “Catch Me If You Can” foi lançada em abril de 2015, mas não foi promovida em programas musicais e mais tarde os fãs descobriram que havia uma versão do MV com a formação original, ou seja, incluindo a Jessica.
Em agosto o grupo voltou com o full album “Lion Heart”, que inclui 3 singles – “Party”; “Lion Heart”; e “You Think”. E assim, sem nem dar muito tempo para os SONEs respirarem, TaeYeon anunciou e lançou seu primeiro projeto solo: “I”. Desde então a popularidade da integrante só cresceu, garantindo a ela o primeiro lugar como idol mais popular entre os jovens sul-coreanos em 2016, na pesquisa realizada pela Gallup Korea. Após o lançamento de singles e mini-álbuns, em 2017 TaeYeon lançou seu primeiro full album, intitulado “My Voice”.
Seguindo os passos da colega de grupo e melhor amiga, Tiffany foi a segunda Soshi a se lançar sozinha na indústria musical coreana, em 2016, com seu mini-álbum “I Just Wanna Dance”. No mesmo ano, HyoYeon e os amigos Min (miss A) e JoKwon formaram o Triple T. O trio participou do projeto SM Station com a música “Born To Be Wild” e, mais tarde, a cantora lançou o single solo “Mystery”. Em 2017 foi a vez de SeoHyun debutar com o mini “Don’t Say No” e do comeback de Hyo com “Wannabe“.
Tanto TaeYeon quanto Tiffany e SeoHyun alcançaram o Top 3 do Wolrds Albums da Billboard. Já Jessica, após sua saída do grupo, também lançou sua carreira solo e o último comeback, “Summer Storm”, comemora os dez anos de carreira da cantora e fashionista. O teaser chamou atenção quando foi lançado por parecer uma continuação de “All Night”, um dos singles de comeback do antigo grupo.
E nisso se foram dez anos. O comeback comemorativo foi carregado de emoção, trazendo diariamente teasers em formato de mini-documentários, onde as integrantes contaram sua experiência como parte do grupo, assim como uma das versões do MV de “All Night”, parte do álbum “Holiday Night”, que também tem como single a música “Holiday”. Infelizmente, apesar de todo o buzz sobre os dez anos de carreira, o SNSD promoveu em poucos programas e por apenas uma semana. Além disso, a performance do grupo foi cortada da exibição do 2017 DMZ Peace Concert, o que vem gerando revolta entre os fãs. A SM revelou ainda que está atualmente discutindo a renovação de contrato das integrantes. A nós resta esperar que, sob os cuidados da SM ou não, ainda tenhamos mais outros dez anos de Girls’ Generation.
(Texto: Bea e Dorita)