Lip sync. O tão criticado, por fãs de K-Pop, lip sync é cultuadíssimo em um meio bem específico, que até muitos K-Poppers também fazem parte. O universo das drag queens vem ganhando força nos últimos anos devido, principalmente, à popularidade do reality show RuPaul’s Drag Race, que trouxe para o mainstream uma prática que vem se perpetuando dentro da comunidade lgbtq+ há décadas. Mas por que estamos falando disso? Bom, talvez vocês queiram ver por si mesmos:
O grupo do vídeo acima é o LOA Dance Team, cover formado em julho pelos integrantes Maurício Balhego (Jinsoul), Gustavo Kenman (KimLip) e Bruno Stiborski (Choerry), com quem conversamos um pouco para saber de onde surgiu a ideia fantástica de unir dois universos com particularidades tão semelhantes, mas pouco relacionados.
O objetivo do LOA é bem específico: “um grupo focado apenas em girlband, bem closeiro, e só com gays”, nas exatas palavras do Bruno. Ele e Maurício já eram amigos e recrutaram o Gustavo nessa missão de enaltecer os girl groups de K-Pop. No canal do grupo no Youtube vocês vão perceber que a formação original deles incluía também o Yuri, que teve de deixar o projeto. “Girl Front” (LOONA), além de ser o início da nova fase, com apenas três integrantes, foi o primeiro cover deles montados de drag. A apresentação rolou no evento Anime Buzz, em Porto Alegre, e o sucesso foi tanto que o cover de “Girl Front” já alcançou mais de 31k de views no Youtube.
Se engana quem acha que poderia ter sido a primeira vez dos meninos se montando. Atendendo pelo drag name de Korona DrunkAss, Maurício é o que mais tem familiaridade com o processo: foi ele quem maquiou todo mundo e trouxe à vida Luna e Becca D’Lamour – pois é, Bruno e Gustavo são irmãs drag ????.
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Apesar do cover de Loona, um grupo super atual, os meninos tem uma história com o K-Pop old school: 2NE1, F(x) e EXID são alguns dos grupos faves deles.
Para o futuro, o LOA Dance Team já tem alguns objetivos traçados “queremos focar um pouquinho no pop pra apresentarmos em festas aqui da nossa cidade”, conta Bruno. Em agosto os meninos voltam a incorporar o Odd Eye Circle, dessa vez apresentando Sweet Crazy Love, no Anime Buzz + Festival do Japão, que vai rolar em Porto Alegre.
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Seriam as drags parte das teorias do LOONAverse? Porque além do LOA, outra queen demonstrou seu amor e devoção ao Loona. Kim Chi, uma drag sul-coreana conhecida especialmente por sua participação em RuPaul’s, anda se mostrando super stan twitter e não perde a oportunidade de panfletar o grupo.
Daily reminder to stan Loona @loonatheworld
— Kim Chi (@KimChi_Chic) February 13, 2018
Não precisamos nem ir tão longe. Até Pabllo Vittar já apareceu por aí fritando ao som de K-Pop.
Deixando o Loonaverse um pouco de lado e focando no K-Pop, como um todo, outra conexão entre os dois glamourosos mundos é o Jokwon. Um dos K-Idols mais populares por sua “personalidade de diva”, não apenas interpretou uma drag queen e homem gay no musical “Priscilla, a rainha do deserto”, como também se manifestou publicamente contra os comentários preconceituosos que recebeu ao revelar o papel que interpretaria.
O MV de “All Night” do SNSD também traz a presença de drag queens, mas será que essa é uma prática comum ou mesmo amplamente conhecida na Coreia do Sul, como vem se tornando atualmente no ocidente? Em um vídeo de reação no canal da Mandy Candy os meninos do Blanc7 revelaram que nem mesmo conheciam. Resta esperar que a relação LOONAverse x Drag Queens se fortaleça e chegue com ainda mais força pela Coreia.Aqui no Brasil, quais outros grupos e músicas vocês gostariam que fossem interpretados por drag queens?
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Autora: Bea