Olá Kaóticos do meu coração, chegamos ao final da nossa temporada de entrevistas com os convidados especiais do evento KPOP PLAY. E, para encerrar, nossa última convidada, mas não menos importante, é nada mais e nada menos que a maravilhosa da Babi Dewet!
Agora pensem em um papo sensacional, com uma pessoa que conhece o K-pop a muito tempo e vem trabalhando em vários ramos de entretenimento como literatura, vídeos, fanfics e o próprio K-POP. De verdade, ficamos muito felizes de poder conversar com a Babi, e trazer um pouquinho de sua personalidade e carisma para vocês!! Não deixem de seguir a babi em suas redes sociais, e confiram a entrevista a seguir:
“Olá Babi, seja bem vinda ao evento!
(K4US) Nos conte o que está achando do k-pop play?
(Babi) Gente, eu fiquei emocionada quando cheguei, tinha muita gente lá na porta, e a galera gritando, eu tava quase assim “não galera, bts não tá aqui! Vocês tão confundindo o dia, BTS tá lá do outro lado!” (Rs) Mas assim, foi bem legal, bem maneiro, a gente tá precisando de mais eventos de kpop, sabe? O Kpop tá muito dentro dos eventos de cultura asiático no geral, de cultura nerd em geral, a gente tem poucos eventos voltados só para o kpop, e eu acho assim, quanto mais tiver, melhor, a gente tem público pra isso, tem os youtubers, a galera blogueira, então quanto mais melhor. Eu tô bem feliz, achei bem bacana. E cara, só olhando lá em baixo, veio muita gente! tá muito legal! E ótimo, é um lugar onde todo mundo vem bem vestido, vem todo mundo com as roupas dos idols dos seus grupos, e todo mundo tem bom gosto, então assim é melhor. (K4US ) E é meio louco né, porque assim, eu moro no Rio. Aí você anda na rua, e não tem kpop. Eu vejo kpoper e fico tipo assim “Meu Deus! Olha lá!” (Babi) Eu super te entendo, eu sou do Rio também, vim pra São Paulo faz um ano, e eu sou escritora e tal, coisa de Kpop em São Paulo é “O” Point, não tem como! E no Rio de Janeiro você não vê um asiático na rua, não vê nada, inclusive fã de kpop é muito difícil. Aqui você tá no metrô vocês se reconhecem, dão tchauzinho pro amiguinho porque ele tá com a blusa do BTS, é meio que aquele ‘auto-reconhecimento’, sabe? É bem legal.
(K4US) O que fez você decidir entrar no mundo dos doramas e K-pop?
(Babi) Então, eu sempre fui fã de boyband. Desde criança eu era fã de Hanson, Backstreet Boys, McFly, provavelmente a galera que tá lendo isso não sabe nem o que os “Hanson” são, se você fala de “Hanson” hoje em dia a galera não sabe o que é, e isso meio que diz a nossa idade, o que é bem tenso né, mas deixa pra lá! (rs) E eu sempre gostei muito de boyband, de espetáculos e tal. E aí uma amiga minha assistia dorama coreano, e ela me indicou um que é o “Boys Over Flowers”, na época. Não me lembro se foi em 2010, 2011, e aí eu fui assistir e falei “gente o que é isso? que mundo maravilhoso!” e daquele minuto em diante a minha vida mudou completamente. eu pesquisei os atores, e vi que um fazia parte de um grupo de kpop, e fui pesquisando o que que era, nisso vai entrando num buraco sem fundo, você vai descendo uma escadinha pra entrar no buraco, e quando você percebe você já tá jogada lá no fundo em posição fetal, abraçada com o bias, entendeu? E é isso, estou assim até hoje. Você tenta escalar de volta, mas aí tiram a sua escada, e você fica tentando escalar e não dá. Você fica preso no buraco sem fundo. Mas é aquela coisa, o pessoal fala “ah, eu comecei a gostar de kpop vendo os seus vídeos”, e eu falo “desculpa, eu te enfiei num buraco negro, né! Mas assim, desculpa e de nada, por que eu sei que você tá feliz.” Por que a gente sofre, inclusive sendo fã brasileiro, que não tem álbum com facilidade, não tem os goodies com facilidade, não tem show com facilidade, não tem nada com facilidade, mas a gente tá feliz né (rs)
(K4US) De onde surgiu sua paixão por escrever?
(Babi) Eu aprendi a ler muito nova, acho que com 3, 4 anos, e eu sempre gostei de ler, mas eu nunca quis ser escritora. Sempre quis escrever como um hobby mesmo. E aí quando eu era adolescente, com uns 15 anos, eu li Harry Potter, e eu quis começar a escrever fanfics de Harry Potter. E foi aí que eu comecei a escrever para as outras pessoas, e vi como isso era divertido, receber o feedback das pessoas e ter essa troca. Mesmo assim eu não queria ser escritora, eu tinha essa ideia só de escrever pras pessoas e tocar as pessoas, isso era bacana. Mas daí em 2009 eu resolvi lançar uma fanfic que eu tinha de Mcfly, chamada “Sábado à Noite” como livro. Eu lancei de forma independente, depois corri atrás de editoras, fiz todo o processo, desde lá de baixo, e hoje tenho cinco livros publicados, então é uma caminhada, que eu me descobri no meio. Hoje em dia eu vivo sendo escritora, eu vivo de livros.
(K4US) E o que você acha desse espaço das Fanfics na internet, que traz essa liberdade das pessoas em escrever?
(Babi) É maravilhoso, hoje em dia você ainda tem o Wattpad, tem várias outras formas de divulgação que você não tinha há seis anos, então hoje em dia é muito maneiro, se você tem medo, vergonha, a fanfic é o lugar pra você começar. Você inclusive pode começar com outros nomes, não precisa começar com o seu próprio nome, criar um pseudônimo e depois quando estiver mais popular falar pra galera que é você. Eu acho que é um espaço bem legal,é um espaço onde você vai ter um leitor quase certo, porque vai ter muita gente que gosta da mesma coisa que você gosta, você vai ter feedback do seu trabalho, vai ter gente falando que gostou de tal coisa, que não gostou, porque a galera critica né, tá na internet é pra galera criticar, tá de graça ali, então é um aprendizado muito bacana. E é um espaço muito bom, tanto como leitor, porque tem muita gente que começa a ser leitor através de fanfic, isso é muito legal. (K4US) Eu amo fanfic. E conheço pessoas que se perguntarem “qual o seu livro preferido?” elas respondem “olha, livro eu não leio, mas fanfic…” e já vem com uma lista quilométrica. (Babi) E aí se o autor preferido de fanfic dele lançar um livro, ele vai começar a ler livros, e aí entra no mundo da leitura, eu acho que é tudo muito positivo.
(K4US) Qual a sua divina trindade dos doramas? Três doramas que todo mundo deve ver.
(Babi) Eu vou falar Boys Over Flowers porque foi o primeiro que eu assisti, e eu assisti várias outras vezes, pra mim é super icônico, foi daí que eu me apaixonei pelo Lee Min Ho, então a partir daí todos os outros doramas dele pra mim se tornaram super importantes. Depois City Hunter, que pra mim não entra no tipo de drama que eu gosto, porque eu gosto de dramas adolescentes, romancezinhos bobos, comédia romântica. E o City Hunter vem com ação, aventura, que eu já não curto em vários outros doramas. E talvez o Dream High, porque eu gosto desse tipo de drama. Em Dream High são todos idols, é produzido pelo JYP, o JYP inclusive aparece, faz um papel maneiro, então vale muito a pena. Pra quem gosta de kpop e drama, você encontra tudo em Dream High. Então esse é o meu top 3, super fangirling (rs)
(K4US) Qual o diferencial dos seu livro “Sonata em Punk Rock” comparada às outras literaturas do gênero?
(Babi) No caso não tem aquele ‘grande diferencial’, porque a literatura jovem adulto ela é muito pautada na vida dos adolescentes, nos jovens, etc. Em “Sonata em Punk Rock” eu tentei colocar esses adolescentes dentro de uma escola de música clássica. A personagem principal, a Valentina, encontra o Kim, que é um coreano super gato, pianista. Enfim, eu botei tudo o que eu gosto do Kpop e dos dramas dentro desse livro. Eu tentei puxar o máximo sobre a questão daquele romance fofo, em que pegar na mão é importante, o olhar no olho é importante, que os dramas trazem muito pra gente. e eu queria levar isso pra literatura. Porque a gente tá muito acostumado com ‘o romance é qualquer coisa’, o contato entre as pessoas já não é mais tão importante, então eu queria tentar trazer pra literatura jovem adulta um pouco desse ‘quê’ do romance coreano. (K4US) Pra ficar diferente por exemplo do Gossip Girl, que eles tão trocando de casal toda hora. (Babi) É, tipo, meus primeiros livros, por exemplo “Sábado à Noite”, eram um pouco assim sabe, ninguém tá aí pra nada, a galera é adolescente, vai beber, faz o que quer, que na verdade é o retrato do adolescente. Mas eu queria trazer um pouco desse ‘quê’ do dorama, desse romance, dessa sensibilidade dos dramas coreanos pro livro. E eu tô tentando, eu acredito que sim, seja bacana (rs)
(K4US) Qual o vídeo favorito do seu canal? E Por quê?
(Babi) Da época de 2012 e 2013 tem muito vídeo. Eu lembro que a gente fez um que a gente se vestiu como os caras do Block b, meio que no estilo do Block B para poder falar sobre o clipe e tudo mais. E aí eu acho que se tornou um dos meus vídeos favoritos, porque se caracterizar como os idols foi maravilhoso, você bota o coquinho no cabelo, terninho rosa, você vai com detalhezinho de palhaço, do Very Good. Eu gosto muito de fazer esse tipo de vídeo. E hoje em dia, tem o vídeo que eu gravei maquiando o meu namorado como idol de Kpop, e eu não sei maquiar, eu não sei nada de maquiagem, então ficaram os dois muito ruins,mas eu acho divertido. E eu consegui incluir meu namorado no canal, porque ele tem vergonha, ele não entende de kpop, ele não gosta. Apesar de coreano, a galera coreana não entende de kpop, não gosta tanto, mas eu tentei incluir ele nesse mundo do kpop também.
(K4US) Por favor, deixe uma mensagem para os seus fãs.
(Babi) Então, desde 2012 fazendo vídeos, a galera tem sido muito bacana, desde sempre. Eu sempre encontro a galera falando que começou no kpop a partir dos meus vídeos, porque os meus vídeos eram muito didáticos ‘o que é tal coisa’, ‘aprenda tal coisa’, e eu fico muito emocionada quando a galera vem me falar sobre isso, e eu queria só agradecer todo mundo pelo apoio até agora. Muito obrigada gente, vocês são uns amores! ~❤”
(Nota: Não conseguimos fazer perguntas dos fãs da Babi Dewet, pelo fato de ela ter sido uma convidada especial confirmada bem próximo do evento.)