O mundo parou na última quinta-feira (28) com a tragédia que aconteceu no último show do grupo chinês Mirror, em Hong Kong, quando um telão caiu durante a apresentação do grupo, ferindo dois dançarinos gravemente. A nossa equipe apurou os fatos e trouxe todas as informações sobre o caso chocante.
Atenção! O conteúdo a seguir contém temas fortes de violência, não iremos mostrar imagens e vídeos pesados do acidente, mas a leitura pode ser perturbadora.
Sendo formado por uma competição do ViuTV, Mirror é um boygroup chinês muito popular em Hong Kong onde estavam programados 10 shows no estádio Red Pavilion. Porém, a segurança do palco já estava chamando a atenção dos fãs e do Governo desde o primeiro show!
No primeiro concerto da série de apresentações do grupo, um dos cantores, Frankie Chan Sui-fai, caiu do palco por falta de sinalização nas laterais da plataforma, por conta desse acidente, Frankie machucou apenas o braço. No segundo dia do show, durante o ensaio, um dos dançarinos também caiu do palco, se ferindo e ficando fora das apresentações. Por conta desses dois acidentes, fãs começaram a levantar petição para que a MakerVille, empresa que administra a carreira do grupo, e a Music Nation, organizadora do show, cuidassem mais dos artistas, já que em apenas dois dias de shows ocorreram tantos acidentes.
No terceiro dia do concerto, durante a performance de Edan e Anson Lo, integrantes do grupo, um dos telões despencou atingindo os dançarinos Lee Chi-yan, mais conhecido como Mo, e Chang Tsz-feng, apelidado de Ah Feng. Assim que o telão caiu, a organização parou o show, pedindo para o público saísse do local e informando que iriam estornar o ingresso para os fãs, o que deixou as pessoas indignadas e fez um espectador gritar que não iria perdoar os responsáveis pelo show. Pelo vídeo é possível enxergar que o telão cai em cima de Mo, atingindo sua cabeça e costas, enquanto Ah Feng, que estava perto e tentou segurar o objeto, ficou prensado no chão.
As investigações começam
Com os dançarinos na UTI, o secretário de Cultura, Esportes e Turismo de Hong Kong, Yeung Yu-hung, emitiu uma carta expressando suas condolências às vítimas e afirmou que iria participar das investigações junto do Ministério do Trabalho sobre as causas do acidente. O Departamento de Serviços de Lazer e Cultura, LCSD, em conjunto do Departamento de Trabalho de Hong Kong já estavam investigando as causas de tantos acidentes antes do último caso.
O Sindicato dos Trabalhadores das Artes Cênicas de Hong Kong também emitiu um comunicado pedindo uma série de reivindicações, entre elas :que as empresas assumam a responsabilidade do acidente, e que revelem se as instalações e efeitos do concerto estavam em conformidade dos requisitos e diretrizes de segurança do LCSD e o Departamento de Trabalho.
Agenda do grupo, primeiro boletim dos dançarinos e CEO aparece
A MakerVille emitiu um comunicado informando que os futuros shows e programações do grupo estavam canceladas até próxima ordem, além de pedirem desculpas aos dançarinos e informarem que ajudariam em toda a assistência necessária para ambos. A empresa também informou que Mo, que recebeu o primeiro impacto, estava ainda na UTI enquanto Ah Feng estava estável sendo transferido para um quarto.
De madrugada o CEO da MakerVille, Ting-fai Lo, apareceu no hospital para fazer uma declaração, essa foi a primeira vez que Ting-fai estava em público após o ocorrido. Após se curvar pedindo perdão, o CEO informou o quadro de saúde dos dançarinos. Ah Feng, que sofreu ferimentos leves, estava apenas com poucas lesões e distensões musculares, enquanto Mo, estava consciente, porém iria fazer uma série de exames, já que estava com muitos ferimentos graves.
Últimas atualizações do caso
Durante a madrugada de sábado em Hong Kong, o LCSD, informou que está com uma força tarefa com o Departamento de Serviços Elétricos e Mecânicos e o Departamento de Trabalho para investigar o caso. Além disso, o órgão emitiu uma nota falando que uma das cordas de sustentação do telão arrebentou, causando o acidente. Também contaram que no momento estão à procura dos responsáveis pela falta de segurança do palco, uma vez que ocorreram três acidentes em um curto espaço de tempo.
O Departamento também pediu calma, pois a investigação vai demorar algumas semanas e que não revelariam a identidade do empreiteiro que montou o telão, além de informar que fizeram inspeções quando pequenos problemas apareceram nos outros shows. O secretário de Trabalho e Bem-Estar, Chris Sun Yuk-han, informou que as autoridades ordenaram que as outras telas permanecessem no local para serem investigadas.
Os organizadores Engineering Impact e Hip Hing Loong Stage Engineering Company também fizeram declarações sobre o caso. A Engineering informou que ainda não receberam detalhes sobre os próximos passos, já a Hip Hing Loong disse que não estiveram envolvidos na montagem do telão que caiu, e que o empreiteiro principal designou outra empresa para fazer o trabalho.
Os dançarinos
Ah Feng, o dançarino que recebeu menos impacto, já recebeu alta e está bem. Enquanto Mo continua na UTI.
O dançarino Mo fraturou duas vértebras cervicais, fazendo com que ele não possa se mover, além de sua cabeça e pulmões estarem feridos. Mo passou por uma cirurgia nas vértebras por oito horas e está estabilizado, porém, continua entubado e sua situação é crítica.
Mo não é considerado paraplégico pelos médicos, pois tudo dependerá da sua recuperação com a cirurgia, já que os seus nervos foram danificados, mas com a cirurgia os mesmos poderão ser recuperados. O governo chinês também liberou que a família de Mo, que estava no Canadá, possa entrar no país sem precisar de quarentena, podendo ficar com o dançarino no hospital assim que chegarem em Hong Kong.
Essas foram as informações que tivemos sobre o acidente. Caso alguma nova notícia surja, estaremos atualizando esse post