Tudo começou quando uma amiga próxima me chamou para acompanhá-la no show do The Rose que aconteceria em São Paulo no final do ano, eu pacientemente disse: “Ah amiga, eu nem escuto a banda. Tem certeza que vou gostar?”. Imediatamente ela me enviou vários links mostrando a música dos meninos e, de cara, já me apaixonei. 

Comprei o ingresso do show no calor do momento sem pensar no que viria pela frente. Imagina, perder a oportunidade de estar com amigos próximos para assistir uma banda que já mostrava ter um grande potencial?! Jamais.  Meses se passaram, eu segui fielmente ouvindo a playlist que ela preparou para eu conhecer a banda. Mas como uma boa jornalista, de cara já fui me aprofundando na história do The Rose e aprendendo ainda mais sobre eles. 

No dia do show, que aconteceu no último domingo (04) no Espaço Unimed, o tempo estava super nublado em São Paulo. Encontramos a fila quilométrica, dando voltas e mais voltas na Barra Funda, algo completamente insano. Contudo, os fãs aguentaram firmes e fortes a chuva que caiu durante a tarde. Não por coincidência, no “The HEAL Project” o Woosung conta que todas as vezes que os quatro se reúnem, chove. Podemos dizer que vivemos literalmente “She’s In The Rain” na pele enquanto esperávamos por aquele show. 

Após uma hora e quarenta minutos que os portões se abriram, conseguimos adentrar a casa de shows. Depois de correr bastante e estrategicamente bem, ficamos em um lugar ao lado do telão que dava uma vista bem boa para o palco. Já pela estrutura, deu para perceber que seria um show realmente diferente. 

O The Rose subiu ao palco por volta das nove horas da noite e fez o antigo Espaço das Américas ficar pequeno, tamanha grandiosidade do talento deles. Bastou os instrumentais de “~” e “Definition of ugly is” para eu perceber que aquele seria um dos melhores shows que já fui no ano, quem sabe na VIDA. 

Woosung, Dojoon, Jaehyeong e Hajoon botaram os Black Roses para cantar a plenos pulmões com as faixas “Insomia”, “She’s In The Rain”, “Modern Life” e “California”. Os membros se mostraram bastante empolgados com o público brasileiro já que esse foi o show, até então, com maior capacidade da turnê. Contudo, aquilo era só o começo do que estava por vir. 

Quando a banda começou a tocar “I Don’tKnow You”, eu realmente achei que eles estavam bem no pé do meu ouvido, tocando só para mim. Sem contar que todos os membros cantam tão bem, fiquei completamente absorta neste fato, mas o que mais me impressionou foi a estabilidade vocal do Hajoon enquanto ele tocava bateria, fez a minha cara ir ao chão de tão chocada que fiquei. 

O show seguiu com a música “Candy”, um pouquinho mais agitada e que levantou o astral da plateia. Mas o rock’n roll se fez presente quando Dojoon começou a introdução de “RED” no teclado, os Black Roses cantaram em uníssono o que podemos chamar de “hino” do The Rose. O Espaço das Américas virou um verdadeiro mar de luzes vermelhas com o projeto feito pelos fãs. 

No entanto, um dos momentos mais simbólicos e emocionantes do show foi durante a faixa “See-Saw”. A música foi escrita pelo Jaehyeong enquanto ele passava por um momento difícil durante o hiatus da banda. Enquanto ele cantava, levantamos corações rosa para demonstrar nosso apoio e amor por ele. Foi um dos momentos que vou guardar para sempre na lembrança. Logo em seguida eles já começaram a tocar “Childhood” e “I.L.Y” e nem preciso dizer que o choro foi para todos os públicos. 

Os membros aparentavam estar bastante surpresos com a dedicação dos fãs e em como nós cantávamos tão bem e tão alto. Dojoon foi o que mais interagiu no palco com os fãs, ele mostrava estar encantado com os fãs brasileiros. O The Rose, inclusive, disse que aquela foi sem dúvidas uma das melhores experiências deles durante a turnê. 

Mas tudo que é bom, pode ficar ainda melhor né? A banda já estava encantada com tudo que estava presenciando fazendo o show no Brasil, mas quando eles começaram a tocar a música “Yes” e após o trecho “can we just say yes” os fãs começavam a gritar “YES”, os meninos ficaram EN-CAN-TA-DOS com a nossa dedicação. A paixão foi tanta que rolou depois até um acapella só para eles ouvirem a gente gritando “YES” a plenos pulmões. 

No mais, claro que as músicas do novo álbum não poderiam faltar. “Time”, “Shift”, “Cure” e “Sour” foram tocadas e parecia que eu estava ouvindo o EP direto do Spotify. Como pode uma banda ser tão boa? Além, claro, de “Sorry” que foi pedida incansavelmente por nós e “Beauty and the Beast” que ganhou um projeto lindo de levantar rosas vermelhas enquanto eles tocavam. Sério, esse foi o show com momentos mais lindinhos que já vi, você realmente sentia a conexão entre fã e artista. 

Black Rose” veio para finalizar o que seria o melhor show que já presenciei até então. Os membros entraram um por um no palco cantando um trecho da música. Foi um momento realmente lindo. No palco, Woosung, Dojoon, Jaehyeong e Hajoon agradeceram aos fãs que compareceram no show e distribuíram rosas vermelhas para alguns sortudes enquanto cantavam o coro de “Sour”. 

Assim acabou a Heal Together Tour no Brasil. Não tenho nem palavras para explicar o que senti, pois ainda estou tentando processar o que foi aquela noite. No mais, o The Rose é uma banda INCRÍVEL e super TALENTOSA que merece todo amor e dedicação dos fãs, eles são muito preciosos. Eu fui apenas para fazer companhia para minha amiga e saí de lá uma Black Rose. Por favor The Rose, volta!