O NCT Wish está prestes a lançar seu primeiro mini álbum e, dando início às promoções, o single de pré-lançamento “Dunk Shot” foi liberado dia 09 de setembro. Como fã do grupo e acostumada com as estratégias de promoção da SM Entertainment, confesso que fiquei super empolgada para ver o rumo que o projeto iria tomar. Ao mesmo tempo, isso me fez refletir sobre algo… Afinal, pré-lançamentos funcionam no k-pop? 

No meu caso, eles claramente funcionam, já que estava contando os dias para o lançamento do mini álbum. No entanto, enquanto navegava pela comunidade “kpop thoughts” no Reddit, encontrei uma opinião interessante: alguns acham que os pré-lançamentos ao invés de aumentarem a expectativa para o álbum ou faixa-título, podem acabar causando o efeito contrário. No fim, eles entendem que a faixa principal poderia se sair melhor se não fosse precedida por um pré-lançamento.

E, sinceramente? Eu entendo esse ponto! Por isso, fiquei muito curiosa para entender porquê as empresas, como a SM Entertainment e a YG Entertainment, investem tanto nessa jogada de marketing recentemente. 

Os pré-lançamentos são uma estratégia de marketing bem comum entre artistas ocidentais, que disponibilizam diversos singles antes de lançarem o álbum completo. Mas no k-pop, essa é uma prática recente e normalmente seguia uma receita comum: vinha logo antes do comeback oficial, geralmente com um MV, mas raramente eram promovidas. 

Às vezes, ele dita o tom do projeto, como “How You Like That” do Blackpink. Outras vezes, permite ao artista explorar novos estilos sem comprometer o conceito do comeback, como “Black Swan” do BTS, que, para mim, é o melhor exemplo de como conquistar a atenção do público, nos hipnotizando com uma estética sombria e uma performance impactante, deixando todos ansiosos pelo lançamento de “MAP OF THE SOUL: 7”.

Mas, foi por volta de 2020 e, talvez, com o lançamento do NewJeans e sua estratégia de múltiplos pré-singles, que o k-pop começou a parecer mais com o mercado ocidental. As empresas abandonaram a tradição de promover uma única faixa e perceberam que, quando bem-sucedida, essa estratégia poderia prolongar a visibilidade e maximizar os lucros dos seus artistas.  

Enquanto pesquisava, notei que muitos fãs gostam dos pré-lançamentos quando eles estão alinhados com o conceito geral do álbum. No entanto, outros acham que muitas empresas não sabem aproveitar essa estratégia, lançando músicas sem aviso e sem a promoção adequada, o que só acaba drenando o orçamento que poderia ser usado no álbum completo.

Um exemplo disso é a JYP Entertainment com o álbum “BORN TO BE” do ITZY. A empresa lançou dois pré-singles e faixas solo de cada membro, resultando em sete videoclipes em apenas 22 dias. Isso animou os fãs hardcore, mas sobrecarregou os ouvintes casuais, criando uma confusão sobre qual era a faixa principal e quando o comeback oficial aconteceria.

No final das contas, para mim, os pré-lançamentos têm sim seu valor. Eles podem atrair ouvintes casuais, como “Ditto” do New Jeans, mas funcionam principalmente para manter os fãs conectados, algo que eu mesma sinto com o NCT Wish. A SM Entertainment vem adotando essa estratégia há um tempo, me deixando super ansiosa para ver o projeto completo e ouvir o álbum completo em loop o dia inteiro no Spotify!

No entanto, as empresas precisam ser cautelosas com essa tática para atrair o público geral. Para mim, pequenos lançamentos seguidos de promoções em programas de música, como o Music Bank, são essenciais para atrair esse público – não é à toa que “Supernova”, do æspa, conquistou tanta gente.

Mas, afinal, qual é a sua opinião sobre esse assunto? Os pré-lançamentos aumentam sua empolgação para os comebacks dos seus artistas favoritos ou você é do time que prefere esperar o álbum completo?