Nesta segunda-feira (22), os fãs de k-pop acordaram com uma série de rumores contra artistas que, supostamente, praticaram bullying nas escolas que estudavam antes de chegar ao estrelato na indústria. Não é fácil lidar com a possibilidade de seu artista ser ou ter um passado problemático – chegando ao nível de um potencial crime ou não – porque os fãs tendem a colocá-los em um pedestal de perfeição.
Dada a posição inalcançável, assim que algum rumor negativo é gerado contra o seu favorito, os fãs se movem aos montes para tentar provar sua inocência ou dar a famigerada “passada de pano”, alegando que “não é bem assim”. Ao fazer isso, direta ou indiretamente, o fã acaba deslegitimando a dor de uma suposta vítima. Não apenas para os casos desta segunda-feira, mas quando há apontamentos de um comportamento racista ou LGBTQIfóbico vindo do artista o mesmo acontece.
Não estamos aqui para apontar quem é certo ou errado nestas histórias até porque isso não cabe a nós e, inclusive, alguns rumores conseguiram se provar falsos por inconsistências na própria narrativa de denúncia. Porém, no fim, a conclusão quem deve tirar é você após uma análise pessoal feita a partir da própria denúncia, como também da declaração das empresas.
Acreditar ou não em uma denúncia é direito individual, mas nunca pode ultrapassar disso. Não é preciso impor ao outro que tal rumor é verdadeiro ou deixa de ser. Os fatos falam por si. Alguns escândalos que envolveram artistas de k-pop nos últimos anos já nos provaram que a Justiça pode ser, sim, feita e, se necessário nestes casos, esperamos que seja.